23 de Abril de 2024 • 15:54
Cotidiano
Segundo projeção do professor de Economia da Unimonte, Ricardo Hammoud, fatores como aumento de renda da população e instalação de grandes empresas na região, tenderão a elevar os preços encarecendo o custo de vida
São Paulo é considerada a 10ª cidade mais cara do mundo para se viver, segundo pesquisa realizada pela consultoria Mercer, divulgada na terça-feira (12). A valorização do real frente ao dólar e o boom imobiliário foram os fatores apontados pela consultoria para o aumento do custo de vida na Capital que é o centro nevrálgico e econômico do País. A 77 quilômetros de distância da Capital paulista, ou cerca de 40 minutos pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, Santos já sente os efeitos da elevação dos preços.
Segundo o professor de Economia da Unimonte, Ricardo Hammoud, a cidade polo da Região Metropolitana da Baixada Santista, sofre diretamente os reflexos do desenvolvimento econômico da Capital, uma vez que também cresce progressivamente e está muito ligada a São Paulo nos segmentos de negócios, oferta de mão-de-obra, comércio e serviços. O economista explica que o aumento de renda da população no Estado e a valorização do real frente ao dólar impulsionaram principalmente o mercado imobiliário nas duas cidades. “Santos, assim como na Capital, já tem imóveis com preços mais altos”, afirmou Hamoud.
Hammoud afirma que com mais capital circulando, mais caro é o custo de vida. O economista salienta que em São Paulo, por exemplo, a chegada das empresas multinacionais e trabalhadores estrangeiros acabaram por influenciar a alta dos preços de um modo geral e a oferta de serviços. Esse dado também foi considerado pela consultoria Mercer.
O estudo apontou que o desembarque de um grande volume de estrangeiros nos últimos anos, contratados por multinacionais, alimentou o boom de preços e fez explodir o custo de vida na Capital paulista. A consultoria avaliou nas cidades pesquisadas os custos de roupas, alimentação, entretenimento, aluguel, carros e outros itens, usando a cidade de Nova York (EUA) como base de comparação.
“Se há aumento de renda, há aumento do consumo e conseqüentemente elevação de preços”, explica o economista. O economista projeta que Santos tende a subir ainda mais o seu custo de vida a longo prazo considerando as perspectivas de desenvolvimento econômico para a Região. Sobre o impacto da instalação da sede administrativa da Petrobras para os negócios do pré-sal, em Santos, com 2 mil empregados lotados na Torre 1, em 2013, Hammoud considerou que este é um forte fator de elevação de preços na cadeia produtiva local.
“Quanto maior a demanda com a chegada de novas empresas, maior a demanda de serviços e a elevação de preços relativamente”. Mas o economista pondera que em curto prazo o custo de vida continuará subindo em Santos, mas num ritmo menor.
A valorização dos preços dos imóveis em Santos já é um reflexo da expectativa gerada em torno da vinda da sede dos negócios do pré-sal da Bacia de Santos, conforme divulgou recentemente o Sindicato da Habitação (SECOVI-SP).
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