Cotidiano
Com o avanço da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal, milhares de aposentados descobriram que estão sendo "taxados" por associações sem nunca terem assinado um contrato
Aplicativo Gov.br usa reconhecimento facial e permite atualizar o benefício do INSS de forma rápida, segura e sem filas / Divulgação
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Com o avanço da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal, milhares de aposentados descobriram que estão sendo "taxados" por associações sem nunca terem assinado um contrato. Esses descontos, que variam de R$ 30 a mais de R$ 100 por mês, podem estar corroendo sua renda silenciosamente.
Se você notou nomes como "Contribuição [Sigla de Associação]" no seu extrato, saiba que é possível interromper a cobrança e pedir o dinheiro de volta em poucos minutos, sem sair de casa.
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O primeiro passo é a conferência. Muitas vezes o valor é baixo para não chamar atenção, mas a soma anual pode ultrapassar R$ 1.200,00.
1. Acesse o site ou aplicativo Meu INSS (disponível para Android e iOS).
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2. Faça login com sua conta Gov.br (CPF e senha).
3. Na tela inicial, busque pela opção "Extrato de Pagamento".
4. Selecione o mês atual e visualize os detalhes.
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5. Procure por rubricas (nomes) que contenham a palavra "Contribuição" seguida de uma sigla ou nome de associação que você desconheça.
Desde 2024, o INSS facilitou o processo de exclusão para combater as fraudes investigadas na operação federal. Siga estas etapas:
1. No campo de busca do "Meu INSS", digite: "Excluir Mensalidade".
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2. Clique na opção "Excluir Mensalidade Associativa".
3. Siga as instruções na tela e confirme o pedido.
1. Ligue para o número 135 (ligação gratuita de telefones fixos).
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2. Peça ao atendente para realizar o serviço de "Exclusão de Mensalidade Associativa".
Você também pode selecionar a opção "Bloqueio de mensalidade associativa para empréstimo" para evitar que novas associações façam descontos no futuro sem sua biometria facial.
A Justiça e a CGU orientam que o aposentado não deve apenas parar o desconto, mas exigir o ressarcimento em dobro, conforme o Código de Defesa do Consumidor.
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1. Reclamação Interna: Registre uma reclamação no portal Consumidor.gov.br. As associações costumam devolver o valor rapidamente por lá para evitar multas maiores.
2. Canal da CGU: Utilize a plataforma Fala.BR para denunciar a associação à Controladoria-Geral da União. Isso ajuda a PF a mapear novas fases da Operação Sem Desconto.
3. Ação Judicial: Caso o valor acumulado seja alto, procure um Juizado Especial Cível (Pequenas Causas). Não é necessário advogado para causas de até 20 salários mínimos.
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A Polícia Federal alerta que o esquema em 2025 envolveu o uso de assinaturas falsas e dados vazados. Se você reside na Baixada Santista ou outras regiões metropolitanas, o cuidado deve ser redobrado, pois o volume de associações de fachada identificadas nessas áreas cresceu 40% no último ano.