Cotidiano

Cubatão será a única cidade paulista na área oficial de negociações da COP 30

Município apresentará portfólio de ações ambientais e sociais em Belém, consolidando-se como referência em sustentabilidade

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 26/10/2025 às 07:30

Atualizado em 27/10/2025 às 15:17

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Conhecida como um dos lugares mais poluídos do planeta, Cubatão se tornou referência internacional em recuperação ambiental / Divulgação/PMC

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Cubatão, uma das nove cidades da Baixada Santista, será a única cidade do Estado de São Paulo a integrar a Zona Azul (Blue Zone), área das negociações oficiais da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém (PA).

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A apresentação do portfólio de iniciativas do município está marcada para o dia 15, às 15 horas, com o prefeito César Nascimento.

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A delegação cubatense também será composta pela vice-prefeita e secretária de Habitação, Andrea Castro, e pelo secretário de Meio Ambiente, Segurança Climática e Bem-Estar Animal, Cleiton Jordão.

Eles participarão ainda da Zona Verde (Green Zone) — espaço voltado à sociedade civil, instituições públicas e privadas e lideranças globais que discutem inovação, resiliência e investimentos sustentáveis.

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Durante a entrega de moradias na cidade, na última segunda-feira (20), Andrea Castro destacou a importância da presença de Cubatão na conferência.

“Estamos na COP 30. Cubatão é o único município do Estado de São Paulo que vai ter um papel exclusivo sobre a questão da recuperação ambiental, sobre a cidade verde do mundo — apenas 34 cidades no planeta têm esse título”, afirmou a vice-prefeita.

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De ‘Vale da Morte’ a exemplo mundial de sustentabilidade

Três décadas após ser conhecida como o “Vale da Morte”, um dos lugares mais poluídos do planeta, Cubatão se tornou referência internacional em recuperação ambiental.

O município, que recentemente conquistou o selo Tree Cities of the World, apresenta agora um conjunto de iniciativas que unem tecnologia, justiça climática e soluções baseadas na natureza.

Entre as ações de destaque estão cinco projetos habitacionais em andamento, que oferecem moradia digna a milhares de famílias e encerram ocupações em áreas de encosta.

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Veja também: Antigo 'Vale da Morte' é reconhecido por excelência em arborização urbana

Outro avanço é a recuperação de três milhões de metros quadrados de manguezais, com a adequação das comunidades Vila Esperança e Vila dos Pescadores.

Segundo Andrea Castro, “além de um desenvolvimento social muito grande, quando você tira 30 mil pessoas de uma linha de pobreza com esses dois projetos, há também a questão da recuperação ambiental. Estamos melhorando as condições climáticas e de poluição do ar para toda a Baixada Santista”.

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Inovação, ecologia e resiliência

Entre os projetos que Cubatão levará à COP 30 estão:

  • Parque Natural Cotia, que será revitalizado como polo de ecoturismo sustentável e educação ambiental;
  • Projeto de Biotecnologia para Resíduos Sólidos, que transforma resíduos em biogás e biofertilizantes;
  • Cidade Verde e Tecnológica, que prevê matriz energética renovável e o uso de hidrogênio verde, com meta de tornar o município Carbono Neutro até 2035, por meio de fazendas solares e programa municipal de créditos de carbono;
  • Projeto Cidade Resiliente às Mudanças Climáticas, que transformará o território em “cidade esponja”, com jardins filtrantes, pavimentos permeáveis e telhados verdes, reduzindo riscos de enchentes e ilhas de calor;
  • Corredores Ecológicos, conectando serra, rios e manguezais para reforçar a proteção dos ecossistemas locais;
  • Projeto Cubatão Sustentável, que moderniza a coleta seletiva com frota carbono neutro e ações itinerantes de educação ambiental, incluindo cooperativas de catadores.

O turismo de natureza fecha o portfólio de ações: iniciativas de ecoturismo na Serra do Mar e no estuário, com capacitação comunitária e roteiros de observação de aves, como o guará-vermelho, símbolo da recuperação ambiental de Cubatão.

Com essas ações, Cubatão não apenas se consolida como cidade-modelo em sustentabilidade, mas também reforça sua identidade, autoestima e protagonismo internacional, mostrando que uma comunidade pode superar estigmas históricos e se transformar em referência global de resiliência, urbanismo e inovação ambiental.
 

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