Segundo relatório da Cetesb, a cidade, em um ano, caiu do 3º para o 12º lugar entre os municípios paulistas que mais emitem o gás na atmosfera / Divulgação
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Em um ano, Cubatão caiu do 3º para 12º lugar entre as cidades de São Paulo que mais emitem gás carbônico (CO2). Em 2015, era responsável por 3,8% das emissões em todo o Estado e, agora, contribui com 1,1%. É o que revela o Anuário de Energéticos por Município da Companhia Energética do Estado de São Paulo, divulgado no último fim de semana. Este documento é baseado nos dados do ano anterior, 2016.
Cubatão foi considerado o grande destaque paulista este ano em redução de emissão de CO2, principalmente levando-se em conta que se trata do maior polo siderúrgico-petroquímico da América Latina. Os destaques negativos foram Campinas, Paulínia e Piracicaba, que subiram uma posição cada com relação ao ano passado.
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De acordo com o anuário, a cidade que mais dispensa gás carbônico na atmosfera é São Paulo, que responde por 17,9% das emissões em todo o Estado, seguida de Guarulhos (8,8%) e Campinas (2,9%). Em quarto lugar vem Araraquara (2,2%), depois Paulínia (1,8%), Santo André (1,4), São Bernardo do Campo (1,3%), São José dos Campos (1,3%), Ribeirão Preto (1,3%), Sorocaba (1,2%), Jacareí (1,2%), Cubatão (1,1%), Piracicaba (1,1%), Jundiaí (1,1%) e Itatiba (1,1%).
Essas 15 cidades, juntas, respondem, hoje, por 45% das emissões de CO2 entre os 645 municípios de São Paulo. De acordo com o último anuário, baseado em dados de 2015, elas contribuíam com 48,6%. O levantamento é feito com base nas recomendações da Cetesb e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
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São descartadas emissões com base na queima de combustíveis renováveis, como bagaço, lenha, carvão vegetal, entre outros. Levam-se em conta: gás natural (do qual Cubatão é o quarto maior consumidor no Estado), gasolina automotiva e de aviação, óleo diesel, óleo combustível, querosene de iluminação e de aviação, gás liquefeito de petróleo (GLP), coque de petróleo e asfalto.
Exigências
Para o gerente do escritório da Cetesb em Cubatão, Marcos Cipirano, entre as causas da redução de emissão de CO2 em Cubatão está o cumprimento, por parte das indústrias, das exigências da Secretaria de Meio Ambiente com relação ao controle de efluentes.
"Essas ações de controle requerem a adoção das melhores práticas disponíveis no mercado", afirmou. Ele não descarta, também, o fato de a redução da atividade industrial na região ter contribuído para redução das emissões.
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Planejamento
"Estes dados são positivos, pois dão embasamento para que planejemos a retomada do crescimento industrial, a principal causa da queda das emissões de CO2, sem que voltem a aumentar os índices de contaminação", afirmou Mauro Haddad Nieri, secretário municipal de Meio Ambiente.
Ele esclareceu que a Prefeitura não é responsável pelo controle e fiscalização das fontes de emissão de poluentes (atribuição da Cetesb), mas age no sentido de gerar mecanismos de desenvolvimento sustentável: "Neste sentido, estamos projetando um inventário de emissões de poluentes, para sabermos quem emite, o que emite e como reduzir essas emissões".
O gás
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O dióxido de carbono (CO2), também conhecido como gás carbônico, é essencial à vida por ser um dos compostos principais para a fotossíntese. Mas em altas concentrações, pode contribuir para aumento do efeito estufa e, em consequência, do aquecimento global. Não é produzido apenas pela queima de combustíveis. Os organismos vivos liberam CO2 para a atmosfera mediante o processo de respiração, inclusive as plantas e árvores (conhecidas como compensadoras de CO2).