28 de Março de 2024 • 09:19
Uma equipe da Cruz Vermelha Brasileira, pertencente à filial do Estado de São Paulo, que presta ajuda humanitária no mundo inteiro, chegou a Cubatão na manhã de sábado (02) para ampliar o atendimento às vítimas das fortes chuvas que atingiram o município em 22 de fevereiro e deixaram centenas de desabrigados em vários bairros, principalmente na Água Fria e Pilões, duas das regiões mais afetadas pelo temporal.
Sob o comando do Coordenador Estadual de Socorro e Desastre, Fábio Leança, o grupo é formado por 31 voluntários, todos especialistas em socorro às vitimas de desastres, e tem por objetivo reforçar e ampliar o raio de atuação da equipe da filial de Santos da Cruz Vermelha, que já estava presente na Cidade desde a manhã seguinte à tragédia.
Segundo a responsável pelo setor de Direito Internacional Humanitário da Cruz Vermelha paulista, Eliza Donda, o foco da equipe neste momento é atuar em duas áreas específicas: resposta a desastre e logística. Ela explica que o grupo de Socorro e Desastre é composto por várias outras unidades que atuam em diversas frentes, como prevenção de acidentes e saúde, por exemplo, mas essas duas áreas foram definidas com base em levantamentos anteriormente elaborados e após reunião com autoridades municipais.
Dessa forma, a equipe estadual irá colocar toda a experiência da equipe em situações de emergência a serviço do município para auxiliar no gerenciamento, estocagem, controle de entrada e saída e distribuição de víveres e orientar na logística de modo a agilizar o transporte e deslocamento para atendimento das comunidades afetadas.
Eliza esclarece que a Cruz Vermelha difere da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros e que o único objetivo da entidade é minimizar o sofrimento das vitimas de tragédias e desastres naturais. Mas acrescenta que, em caso de necessidade, toda a equipe de voluntários está habilitada para prestar atendimento emergencial em qualquer situação, já que todos os componentes são socorristas e possuem treinamento rígido, que segue os protocolos internacionais.
Além disso, é possível perceber que os voluntários possuem formação e qualificação profissional em diversas áreas (entre elas, medicina, enfermagem, direito, engenharia, comunicação, só para citar algumas) o que permite aplicar também o conhecimento individual aliado ao preparo geral. “Mas, basicamente, prestamos ajuda humanitária indiscriminada, a quem precisar, em situações de emergência. Não temos qualquer tipo de vínculo, apenas atuamos para aliviar o sofrimento das pessoas”, garante.
Cruz Vermelha/Santos
A coordenadora de Direito Humanitário diz ainda que as filiais da Cruz Vermelha atuam de forma autônoma e independente, apesar de seguirem normas técnicas e preceitos estabelecidos pela organização internacional. Segundo ela, a filial mais próxima da ocorrência presta o primeiro atendimento e, caso seja necessário, aciona as demais instâncias da instituição.
Foi o que ocorreu em Cubatão. Já nas primeiras horas da manhã seguinte ao desastre, um grupo de voluntários da Cruz Vermelha de Santos, sob a coordenação do Diretor de Força-Tarefa da filial santista, Bento Ferreira, prestava os primeiros atendimentos emergenciais aos desabrigados vitimados pela enchente. Conforme detalhou Ferreira, na ocasião, as ações foram centradas em primeiros-socorros, atendimento médico preliminar, acolhimento e apoio emocional, além de distribuição de víveres.
Ainda de acordo com Bento Ferreira, após o primeiro atendimento prestado por Santos, representantes da filial do Estado de São Paulo estiveram no município para conhecer o panorama enfrentado e, em conjunto com o poder público, definir as ações necessárias. A rotina se repete: a cada nova intervenção, um relatório é elaborado e, com base nos dados obtidos, novos planos de ação são traçados de forma conjunta.
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