Cotidiano

COP30 permite maior impacto turístico da história na rede hoteleira de Belém

Com 95% da ocupação na cidade atingida, a conferência impulsiona o turismo e movimenta a economia local

Luna Almeida

Publicado em 11/11/2025 às 19:26

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Belém expandiu significativamente sua rede de hospedagem, que agora conta com 53 mil leitos disponíveis / Agência Gov/via MTur

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Belém (PA) vive um dos períodos mais movimentados de sua história recente. A realização da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, transformou a capital paraense em epicentro global das discussões ambientais e trouxe reflexos diretos à economia regional. 

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De acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA), a rede hoteleira local alcançou 95% de ocupação média, um recorde para o setor.

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O ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou que os números são resultado de um trabalho articulado entre governo e iniciativa privada.

“Chegar a 95% de ocupação, mesmo com a ampliação da oferta de hospedagens, demonstra a eficiência do planejamento. A COP30 não é apenas um evento, é um legado de qualificação, geração de renda e fortalecimento da infraestrutura turística. O mundo está conhecendo a Amazônia e a capacidade do Brasil de realizar um encontro dessa dimensão com excelência”, afirmou o ministro.

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Para atender o grande fluxo de visitantes, estimado em mais de 50 mil pessoas e 160 delegações internacionais, Belém expandiu significativamente sua rede de hospedagem, que agora conta com 53 mil leitos disponíveis. 

Além dos hotéis e pousadas, a cidade também oferece imóveis de temporada, duas embarcações adaptadas como hotéis flutuantes (os transatlânticos MSC Seaview e Costa Diadema) e a Vila COP, com 405 suítes construídas especialmente para o evento.

O Ministério do Turismo (MTur) desempenhou papel central nessa estruturação, acompanhando de perto as obras e negociando com o setor para evitar abusos nos preços de hospedagem. 

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Em parceria com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o órgão garantiu um acordo que reserva 2.500 quartos a partir de US$ 100 por diária, destinados às delegações oficiais.

Além disso, o MTur liberou R$ 322 milhões pelo Fundo Geral de Turismo (Novo Fungetur) para apoiar empreendimentos privados, permitindo investimentos em obras, modernização e capital de giro voltados ao evento.

Os efeitos da COP30 vão além dos hotéis. Pontos turísticos como o Museu das Amazônias, inaugurado recentemente, registraram 50 mil visitantes em seu primeiro mês de funcionamento. 

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O comércio, os restaurantes e os serviços de transporte também já sentem o aumento no movimento e nas vendas, consolidando o impacto positivo da conferência na economia local.

Durante a COP30, o Ministério do Turismo marca presença na Green Zone, espaço aberto à sociedade civil, com o estande “Conheça o Brasil”, dedicado ao turismo sustentável. 

O local recebe debates, oficinas e lançamentos – como a série “Pelos Rios da Amazônia” – e promove reflexões sobre turismo regenerativo, justiça climática e valorização das comunidades tradicionais.

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Como parte da programação oficial, visitantes podem participar de city tours diários, das 14h às 20h, e acessar os infozones instalados em pontos estratégicos da cidade. 

Uma carreta itinerante do MTur também circula por Belém, oferecendo informações sobre programas de fomento ao turismo sustentável e reforçando a importância do setor como instrumento de desenvolvimento e inclusão social.

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