Cotidiano

COP29: relembre como terminou o último evento climático internacional

Em 2024, a COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, marcou um importante avanço nas negociações globais sobre o tema

Igor de Paiva

Publicado em 28/10/2025 às 22:31

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Em resumo, o evento internacional aprovou um acordo para a Nova Meta Coletiva Quantificada (NCQG, na sigla em inglês) de financiamento climático, no âmbito do Acordo de Paris / Divulgação/Apex

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O clima mundial é um problema que tira o sono de muita gente, não é verdade? Em 2024, a COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, marcou um importante avanço nas negociações globais sobre o tema.

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Em resumo, o evento internacional aprovou um acordo para a Nova Meta Coletiva Quantificada (NCQG, na sigla em inglês) de financiamento climático, no âmbito do Acordo de Paris.

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O texto estabelece que os países desenvolvidos devem “assumir a liderança” no fornecimento de, pelo menos, US$ 300 bilhões anuais até 2035 aos países em desenvolvimento, com o objetivo de apoiar ações de mitigação — redução das emissões de gases de efeito estufa — e adaptação aos impactos das mudanças climáticas.

Os recursos deverão vir de diversas fontes, incluindo fundos públicos, privados, bilaterais, multilaterais e alternativos.

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A decisão também prevê que as nações cooperem para que, até 2035, o valor total alcance US$ 1,3 trilhão, combinando aportes públicos e privados.

Apesar de a definição da Nova Meta Coletiva Quantificada de Financiamento Climático (NCQG) ser o principal objetivo da conferência de Baku, o montante foi considerado insuficiente pelos países em desenvolvimento e pela delegação brasileira, que defendem US$ 1,3 trilhão por ano como base mínima.

Estudos indicam que as necessidades financeiras dessas nações para enfrentar a crise climática ultrapassam vários trilhões de dólares anuais.

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O resultado das negociações reflete os desafios de um cenário geopolítico complexo, marcado por conflitos e por dúvidas sobre a eficácia do regime climático internacional.

Ainda assim, representa um avanço importante rumo ao fortalecimento do multilateralismo como instrumento central no enfrentamento global da mudança do clima.

Negociada no artigo 9º do Acordo de Paris, a NCQG substituirá o atual compromisso de US$ 100 bilhões anuais — fixado em 2009, durante a COP15, em Copenhague — que previa repasses das nações desenvolvidas às em desenvolvimento entre 2020 e 2025, mas nunca foi plenamente cumprido.

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“Precisamos de um realinhamento com o que é essencial em um processo multilateral: a confiança. É preciso honrar nossos compromissos”, afirmou a ministra Marina Silva, em coletiva nas horas finais da conferência.

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