Cotidiano

Conta de água zerada? Nova lei muda regras e define como idosos podem reduzir dívidas

Mudança na legislação trouxe novos benefícios para renegociação de contas básicas, mas não prevê isenção total; entenda quem tem direito

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 09/12/2025 às 22:17

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Medidas de proteção financeira para idosos têm ganhado espaço na legislação brasileira / Divulgação

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Nos últimos anos, medidas de proteção financeira para idosos têm ganhado espaço na legislação brasileira, especialmente diante do aumento do endividamento nessa faixa da população.

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Muitos brasileiros acima de 60 anos vivem apenas com aposentadoria ou pensão e enfrentam dificuldades para pagar despesas básicas, o que os coloca em situação vulnerável.

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Em 2025, uma atualização importante na chamada Lei do Superendividamento ampliou as possibilidades de renegociação de contas essenciais, incluindo água, energia, gás e telefone.

A mudança gerou dúvidas e levou muita gente a acreditar que idosos teriam isenção total das tarifas, o que não está previsto no texto da lei. O que a norma garante, na prática, são condições facilitadas para pagamento e redução de encargos.

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O que realmente mudou com a lei

A legislação determina que idosos em situação de superendividamento podem renegociar até seis pendências ao mesmo tempo, incluindo serviços básicos e empréstimos.

O objetivo é permitir que o consumidor pague o que deve sem comprometer totalmente sua renda mensal.

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As empresas podem renegociar diretamente o débito, retirando juros, multas e correções monetárias, desde que comprovada a condição financeira do idoso.

Isso significa que não há perdão da dívida, mas há um alívio que pode reduzir consideravelmente o valor final do pagamento.

Para casos mais graves, a lei também permite recorrer ao Judiciário e solicitar um plano de pagamento especial, com parcelas definidas de acordo com a renda, evitando o corte de serviços essenciais.

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Água, luz, gás e telefone podem ser renegociados

Contas como água, energia elétrica, gás e telefone estão incluídas nas dívidas passíveis de renegociação.

A ausência de isenção não elimina o ganho prático da lei: com encargos suspensos, o idoso paga apenas o valor original do débito, impedindo que a dívida cresça de forma descontrolada.

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Para solicitar o benefício, o idoso deve apresentar comprovante de renda, faturas vencidas e registros das dívidas. O atendimento pode ser feito diretamente com o credor ou por meio de órgãos como o Procon, que oferece suporte gratuito.

Quem tem direito e o que ainda pode mudar

A lei beneficia todos os brasileiros com 60 anos ou mais, reconhecidos legalmente como idosos. Contudo, benefícios específicos como o BPC ainda só são liberados a partir dos 65 anos.

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto que pretende elevar a idade mínima para 65 anos em todos os critérios legais, o que pode alterar futuras concessões.

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A atualização da Lei do Superendividamento chega em um momento crítico. Estudos mostram que grande parte dos idosos está endividada, muitas vezes por sobrevivência, e encontra obstáculos para manter contas em dia.

As novas regras não eliminam o custo de serviços básicos, mas garantem um modelo mais humano e acessível de negociação.

Na prática, não existe isenção automática na conta de água ou luz, mas sim um caminho mais justo para quem sempre contribuiu com o país e busca manter dignidade financeira na terceira idade.

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