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Cotidiano

Consumo de energia elétrica cai 4,1% de março para abril, diz ONS

No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN ainda apresentou uma variação positiva de 1,3% em relação ao mesmo período anterior.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 06/05/2015 às 15:46

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A consumo de energia junto ao Sistema Interligado Nacional (SIN) caiu 4,1% de março para abril deste ano e 1,3% quando comparado a abril do ano passado. Os números fazem parte do Boletim de Carga Mensal divulgado hoje (6) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN ainda apresentou uma variação positiva de 1,3% em relação ao mesmo período anterior.

Na avaliação do ONS, o comportamento da demanda de carga do SIN reflete o "baixo desempenho da indústria, que vem realizando ajustes no nível de produção, diante do aumento de estoques e da diminuição da demanda interna, aliado à redução no nível de atividade do setor de comércio e serviços”.

A instituição destacou que na comparação com o mesmo período do ano anterior, o mês de abril de 2015 registrou um menor número de dias úteis, o que também impactou negativamente na variação de carga em todos os subsistemas.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu 0,5 ponto percentual de março para abril deste ano, ao passar de 80,4% para 79,9%, o mesmo patamar de julho de 2009, lembra o operador do sistema,de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas. Segundo o ONS, a publicação Sondagem da Indústria de Transformação, também da FGV, o indicador do Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 3,4% na mesma base de comparação, ao passar de 75,4 para 72,8 pontos.

O Subsistema Nordeste foi o único dos quatro que compõem o SIN a apresentar crescimento em todas as bases de comparação na carga de energia demandada ao sistema. O crescimento foi de 5,5% em abril deste ano em relação aos valores do mesmo mês do ano anterior; de 0,4% sobre abril do ano passado; e de 4% na demanda acumulada nos últimos doze meses. Na avaliação do operador do sistema, a expansão do consumo de energia nos segmentos residencial e comercial desse subsistema vem sofrendo menor impacto da conjuntura adversa, o que tem contribuído para o desempenho da carga desse subsistema.

Para o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, os valores de carga de energia verificados em abril/15 apresentam decréscimo de 3,1%, em relação aos valores verificados no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de março/15, verifica-se uma variação negativa de 4,1%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, o Sudeste/Centro-Oeste apresentou uma variação positiva de 0,1%, em relação ao mesmo período anterior.

O consumo de energia elétrica caiu 4,1% de março para abril (Foto: Divulgação)

A variação negativa apresentada pelo Subsistema Sudeste/Centro-Oeste é explicada, principalmente, pelo modesto desempenho da indústria, cuja participação na carga industrial do SIN é de cerca de 60%. Adicionalmente, o efeito calendário, também contribuiu para o resultado pela variação negativa de 2,8% apresentada pela carga ajustada.

Segundo o boletim, no Subsistema Sul, os valores de carga de energia verificados mostram variação negativa de 0,9% entre abril deste ano e abril do ano passado, queda esta que chega a 10,6% quando a comparação se dá com o mês imediatamente anterior. No acumulado dos últimos 12 meses o Sul apresentou crescimento de 3% em relação ao mesmo período imediatamente anterior.

No Subsistema Norte, o valor de carga de energia demandado em abril caiu 1,9% em relação ao valor do mesmo mês do ano anterior, mas cresceu 1,3% em relação a março deste ano; e 2,1% no acumulado dos últimos doze meses, influenciada pela interligação ao SIN do sistema Manaus a partir de julho de 2013.

Segundo o Operador Nacional do Sistema, o comportamento da carga de energia desse subsistema reflete “o desempenho da atividade dos grandes consumidores eletrointensivos conectados à Rede Básica, que detêm uma participação de cerca de 1/3 da carga do subsistema, dos quais 2/3 desses consumidores pertencem ao setor metalúrgico e são voltados, basicamente, para o mercado externo de commodities”.

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