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A partir do próximo dia 11 deste mês, a tarifa dos serviços de água e esgoto da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) sofrerá reajuste de 4,05%. O aumento foi autorizado pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado (Arsesp). Porém, quanto mais racional for o uso do bem, menor será o peso no bolso do consumidor.
Segundo o professor de Economia da Unimonte, Márcio Roberto Paz Colmenero, para o custo adicional caber no orçamento mensal, basta evitar o desperdício. “A água é um bem essencial. Não podemos abrir mão do consumo. Não é supérfluo. Então, o único jeito é evitar o desperdício verificando se há vazamento, evitar banhos demorados, fechar a torneira enquanto escovar os dentes, não deixar as crianças brincando enquanto tomam banho, etc”, recomenda o economista.
O professor Colmenero orienta ainda que o consumidor pode e deve sentar com a família para discutir a melhor maneira de reduzir as despesas usando a água racionalmente.
Por se tratar de um recurso natural essencial, indispensável, considerado não renovável, literalmente fechar a torneira, além de economizar na conta, contribui para o meio ambiente. Entretanto, o reajuste não deve servir para conscientizar diretamente as famílias que residem em condomínios que tem hidrômetros coletivos.
Na opinião do professor Colmenero, a consciência é maior na residência onde a fatura é individual e vai apertar mais o bolso. Quando a conta de água é dividida por todo mundo é mais difícil se preocupar com o valor da conta e com o volume de água a ser consumido. “Quando o relógio é coletivo há uma tendência a elevar o gasto porque o condômino pensa que está pagando pelo consumo de todo mundo”, analisa o economista.
Índice
O reajuste será aplicado em 362 municípios atendidos pela Sabesp, exceto São Bernardo do Campo, Lins e Magda, que têm regras contratuais diferenciadas.
Segundo informações da Arsesp, o índice aprovado de 4,05% é menor do que a inflação acumulada no período de julho de 2009 a julho de 2010 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi de 4,6%.
De acordo com a Arsesp, a metodologia aplicada para determinação do Índice de Reajuste de Tarifas (IRT) considerou a seguinte composição de custos: uma parcela A, que inclui os custos cujas variações não são administráveis pela concessionária como impostos, despesas com energia elétrica e produtos químicos. Já a parcela B correspondente aos demais custos da prestação dos serviços.
Para se ter uma ideia de quanto o reajuste pesará na conta de água, a Arsesp fez algumas simulações para a região metropolitana de São Paulo. Em uma residência normal com consumo de até 10 metros cúbicos por mês, a tarifa passará de R$ 27,28 para R$ 28,38, ou seja, um aumento de R$ 1,10.
A tabela completa com as tarifas para todos os municípios atendidos pela Sabesp no Estado pode ser consultada no site da http://www.arsesp.sp.gov.br/.
Na data de vigência do reajuste, a Sabesp deverá informar as tabelas tarifárias em sua página eletrônica na internet e em todas as agências de atendimento da companhia.
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