Se o consumidor notar preços ou práticas abusivas pode acionar o Procon, órgão fiscalizador. / Nair Bueno/DL
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Com quatro dias de folga em pleno verão, a praia costuma ser o destino de milhares de munícipes e turistas que querem aproveitar o tempo livre. É também no período de feriados que os comerciantes que trabalham na praia aproveitam para aumentar os lucros e garantir o sagrado ganha-pão. A relação é saudável, contanto que não tenha abusos de ambas as partes.
Cobrar consumação mínima do cliente para que ele usufrua das cadeiras e guarda-sóis, por exemplo, é uma prática ilegal que fere o Art. 39 do Código de Defesa do Consumidor. O aluguel de cadeiras e guarda-sóis também não é permitido se os mesmos estiverem expostos na areia. A cobrança de taxa só pode ser feita caso os itens estejam guardados e fique claro que isso é um serviço extra.
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Quanto aquele espaço ocupado por mesas, cadeiras e guardas-sóis que as barracas espalham na areia da praia, a prática não é ilegal, mas não significa que seja propriedade do estabelecimento, já que a praia é um espaço público. Sendo assim, se uma pessoa quiser montar seu guarda-sol e ficar na sua cadeira perto de uma barraca, o dono do estabelecimento não pode impedir disso, nem deixar de atender, caso ela queira consumir.
Ambulantes de fora também podem circular entre as mesas e o consumidor pode comprar dele. Mas, nesta hora vale o bom senso de adquirir somente produtos que não vendam na barraca.
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PREÇOS ABUSIVOS
Porção com 21 mini pastéis por R$84. Um pastel tradicional por R$14. Preços salgados encontrados pelo munícipe Maykon Clemente, na Praia de Pernambuco, em Guarujá. "Além disso, tinha uma barraca cobrando R$20 por cadeira e R$30 pelo guarda-sol. O valor só não seria cobrado se consumíssemos R$70", conta.
Se o consumidor notar preços ou práticas abusivas pode acionar o Procon, órgão responsável pela fiscalização das atividades comerciais a beira-mar.
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O mesmo serve para valores de estacionamento e "guardadores de carros", já que as ruas são locais de uso comum e essas cobranças são ilegais.
EXPECTATIVA
A Reportagem conversou com comerciantes da Praia das Astúrias. De acordo com eles, a expectativa é boa, mas não tão animadora quanto os carnavais passados. Isso porque a cada ano que passa, as temporadas estão ficando mais fracas, além da previsão do tempo não ajudar quem depende da praia, dizem.
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O período de movimento também está menor: se antes a praia já se movimentava em setembro, agora é só em dezembro.
Os valores altos cobrados no supermercado também refletem no bolso do comerciante e, consequentemente, para o consumidor.