28 de Março de 2024 • 05:45
A mureta foi danificada no final de abril, quando um trecho foi destruído pela forte ressaca que atingiu todo Litoral / Rodrigo Montaldi/DL
O construtor Marcelo Guassaloca garantiu ontem que reconstruiria os cerca de 400 metros de muretas quebradas na Ponta da Praia, em Santos, por R$ 60 mil – 12% do valor estimado pela Prefeitura, que avaliou os prejuízos em cerca de R$ 505 mil (R$ 504.922,74).
“Essas muretas são pré-moldadas. Elas são constituídas de cimento, areia, brita e ferragens. Esse valor inclui a mão de obra”, disse em frente ao local.
Ele revelou ontem sua indignação com a divulgação do valor da obra. “Esse metro linear está muito caro. Mesmo colocando mais ferro para reforçar a construção, não vejo como gastar tudo isso. Com certeza, esse valor é exorbitante”, comenta.
O Diário do Litoral resolveu procurar Guassaloca porque o construtor, no último final de semana, postou uma foto no Facebook, em frente as muretas quebradas e questionou o valor divulgado para recuperação da proteção.
Ele enfatiza que o valor que a Administração irá gastar para reconstruí-la daria para construir “oito casas geminadas de dois quartos e ainda sobrar dinheiro. Vocês (internautas) concordam com esse absurdo”, dispara o empresário.
A mureta foi danificada no final de abril, quando um trecho foi destruído pela forte ressaca que atingiu todo Litoral. Além das muretas, a Prefeitura revela que serão recuperadas rampas de acesso das embarcações e o mosaico das calçadas.
O trabalho incluiria renivelamento e reparos no assoalho do Deck do Pescador e colocação de pedras em alguns pontos da Ponta Praia.
Sobre o deck, o construtor também questiona. “Quando eu fui ver o deck, praticamente não tem nada para fazer. Tem três ou quatro pedaços de madeira rachados, que acredito que nem foi por conta da ressaca”, afirma.
Prefeitura revela que foi menor preço
Procurada ontem, a Prefeitura de Santos, por intermédio da Assessoria de Imprensa, revela que a Fortnort apresentou o menor preço e que a obra prevê recuperação do guarda corpo e do assoalho do, reconstrução das rampas náuticas em concreto armado, recuperação do muro de pedra argamassada da fundação das muretas, recomposição das calçadas em mosaico português e a compactação de 600 m³ de pedras na faixa de areia encostada das muretas.
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