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Cotidiano

Conheça um pouco mais do Circo Portugal que está de passagem por São Vicente

Com mais de 900 toneladas de equipamentos, o circo mescla as tradicionais apresentações de palhaços, mágicas, malabarismo e acrobacias junto à tecnologia

Vanessa Pimentel

Publicado em 06/09/2018 às 09:00

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O Circo Portugal fica em São Vicente até o fim de setembro / Paolo Perillo/DL

Karina Silva tem 21 anos de vida - e de circo. Nascida no picadeiro, ela é filha de mãe e pai artistas. A irmã seguiu pelo mesmo caminho e atua como bailarina nos espetáculos oferecidos pelo Circo Portugal, recém-chegado à Arena de Eventos do Itararé, em São Vicente.

Tímida, ela pouco responde as dúvidas da Reportagem, mas deixa claro que gosta da vida oferecida a quem, dentro de um trailer e sempre em caravana, segue a procura de cidades possíveis de chegar sobre rodas.

“O máximo que já viajei com o circo foi até o Uruguai”, diz. Questionada sobre um lugar preferido em meio a tantos conhecidos pela vida que leva, ela diz que não tem nenhum, já que todos ofereceram “coisas legais”.

“Ainda não tive tempo de conhecer São Vicente porque cheguei há pouco tempo. Por enquanto, só andei no Teleférico”.

Karina explica que o pai, antes de falecer, era domador na época em que animais podiam ser expostos em apresentações circenses. Ela e a mãe trabalham na bilheteria e a irmã, assim como o pai, enveredou para as apresentações. A família mora em um dos muitos trailers estacionados ao redor do circo. Questionada sobre ter uma rotina fixa como a maioria das pessoas, Karina diz que gostaria de fazer faculdade “e só”. A timidez não permite maiores detalhes.

A rotina

De acordo com o produtor Orlando de Moura, o circo abriga 156 profissionais. “Durante o dia eles têm o tempo livre para ir ao banco, levar os filhos à escola, passear, enfim, fazer o que quiserem. A noite é a hora do compromisso com o circo”, ­explica.

O Circo Portugal fica em São Vicente até o fim de setembro. Com mais de 900 toneladas de equipamentos, o circo mescla as tradicionais apresentações de palhaços, mágicas, malabarismo e acrobacias junto à tecnologia, com a apresentação de shows de lasers, águas dançantes com uma piscina de 12 mil litros, carro que se transforma em robô, globo da morte com seis motos, além de um King-kong com mais de nove metros de altura e pesando 1,5 toneladas, em homenagem a um dos macacos mais famosos do cinema.

A chegada do circo movimenta a economia local. “A cada cidade que passamos, empregamos 50 moradores do município em atividades temporárias, além da circulação de economia em bares, restaurantes e hotéis por parte do público do espetáculo”, explica Orlando.

“A chegada do circo tem tudo a ver com a Festa das Nações que homenageia Portugal aqui na Cidade. Nada mais gratificante do que ter a alegria de um circo, sua magia, e o perfume da serragem do picadeiro para encantar crianças de 1 a 100 anos”, comenta.

História

Criado na cidade de Braga, o circo fez as primeiras apresentações nos cassinos de Estoril. O grupo de artistas se uniu, viajando e realizando espetáculos na Europa, se apresentando em cruzeiros e navios com mágicos, malabaristas e outros artistas.

Após a chegada do espetáculo no Brasil, a trupe começou a se apresentar nas grandes capitais. Em Goiânia, um dos fundadores se apaixonou por uma brasileira e casou-se, enquanto outro trocou alianças em São Paulo. Os dois se apaixonaram pelo Brasil e há 84 anos passam a tradição circense de pai para filho, arte originada em meados do século XVIII na Inglaterra.

Crianças de 2 a 12 anos, estudantes com carteira de identificação validada e idosos têm direito a meia-entrada. Os ingressos para esse público devem ser adquiridos antecipadamente devido à cota por espetáculo. As cadeiras laterais do picadeiro custam R$30 e R$15 a meia. As centrais custam R$40 e a meia-entrada R$20.

Os espetáculos são realizados de segunda a sexta-feira, às 20h. Aos sábados, a apresentação acontece às 17h30 e 20h. Já aos domingos e feriados, o público pode conferir o show em três sessões diferentes, às 15h, 17h30 e 20h.

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