A espécie Tityus Serrulatus, o escorpião amarelo, é considerada a espécie mais venenosa da América do Sul / Divulgação
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Todo mundo conhece alguém que tem medo de animais peçonhentos, como serpentes, escorpiões e aranhas. Além da aparência desagradável, acidentes com essas espécies peçonhentas podem evoluir para a morte se não tratadas.
Segundo o Instituto Butantan, os escorpiões são o principal grupo responsável por acidentes dentre os animais peçonhentos. Em todo mundo, existem mais de duas mil espécies desse animal, sendo que 172 vivem no Brasil.
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No entanto, a porcentagem de espécies capazes de causar acidentes graves corresponde a cerca de 2% de todas as existentes no mundo.
A Fiocruz afirma que todas as espécies de escorpiões são venenosas, e que a maioria das picadas produzem nos seres humanos uma reação semelhante à da ferroada de uma abelha.
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No Brasil, apenas quatro escorpiões podem causar acidentes graves, sendo todos do gênero Tityus. São eles: escorpião-amarelo (T. serrulatus), escorpião-amarelo-do-Nordeste (T. stigmurus), escorpião-marrom (T. bahiensis) e o escorpião-preto-da-Amazônia (T. obscurus).
Os quatro possuem um veneno neurotóxico, com efeitos no corpo todo e não apenas no local da picada
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O Ministério da Saúde contabilizou, a partir de dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), 195.645 acidentes do tipo somente em 2023, com 152 mortes
Esses números revelam uma epidemia silenciosa, consequência da rápida proliferação desses aracnídeos nas cidades.
A espécie Tityus Serrulatus, o escorpião amarelo, é considerada a espécie mais venenosa da América do Sul.
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No Brasil, ela pode ser encontrada nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
O Instituto Butantan recomenda que a vítima lave o local da picada com água e sabão, além de aplicar compressa morna antes de ir até o hospital. A dor é o principal sintoma e surge poucos minutos após a picada, estando presente na maioria dos casos.
Em seguida, deve-se procurar orientação médica. O tratamento com antiveneno não é usado em todos os casos e não se recomenda nenhum tipo de tratamento caseiro para esses casos.
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Apesar do perigo, a maioria dos acidentes, quando devidamente tratados, não evolui para casos graves.
-Mantenha o lixo bem acondicionado para evitar a proliferação de insetos, que servem de alimento para escorpiões
- Deixe o quintal e o jardim limpos, sem acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção
-Evite que folhagens densas, como trepadeiras, arbustos ou plantas ornamentais, encostem em paredes e muros
-Vede bem as portas com soleiras ou saquinhos de areia
-Use telas nas janelas
- Mantenha os rodapés íntegros e pregados na parede
- Vede todos os ralos com tapete de borracha ou use os modelos de abre e fecha
-Não deixe roupas sujas ou molhadas no chão
- Ao colocar um sapato, chacoalhe antes para evitar surpresas
-Não deixe camas e móveis encostados na parede
- Não deixe roupas de cama e mosquiteiros encostadas no chão
-Mantenha todos os buracos nas paredes, como espelhos de tomadas, cabos e caixas de luz fechados
Uma estratégia complementar e ecologicamente amigável para proteger a casa é a criação de uma barreira de plantas. Pensando nisso, o Diário explora como criar uma barreira de plantas para proteger a casa de escorpiões.
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