Empresária perde a visão após consumir bebida adulterada com metanol em SP / Reprodução/Pexels
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A população de São Paulo está alvoroçada após a divulgação de mortes causadas pela intoxicação de bebidas adulteradas por metanol. O Governo já emitiu alertas sobre os principais sintomas relacionados ao consumo alcoólico batizado, incluindo dores abdominais intensas, tontura e confusão mental.
A intoxicação por metanol é grave e exige socorro em até seis horas após os primeiros sinais para evitar o agravamento do quadro. A situação pode levar à cegueira permanente e levar ao óbito, como já ocorreu com cinco vítimas fatais somente na cidade de São Paulo.
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Os sintomas iniciais da intoxicação por metanol incluem dores abdominais intensas, sonolência, falta de coordenação, tontura, náuseas, vômitos, dores de cabeça, confusão mental, taquicardia e pressão arterial baixa. É preciso atenção para não confundi-los com os sinais de "bebedeira".
O organismo apresenta outros sintomas depois de seis horas da intoxicação, incluindo visão turva e embaçada, fotofobia, pupilas dilatadas, perda da visão das cores, convulsões, além de coma e acidose metabólica grave.
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Em casos mais graves, o paciente pode evoluir para cegueira irreversível, choque anafilático, pancreatite, insuficiência renal, necrose de gânglios da base com tremor, rigidez e lentidão dos movimentos.
A Secretaria de Saúde alerta que pacientes com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica devem procurar atendimento médico imediato para realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica. Os resultados são emitidos em até 1 hora.
Até o momento, São Paulo possui três laboratórios especializados em Campinas, Botucatu e Ribeirão preto, que realizam análise das coletas de sangue, urina e bebidas suspeitas de adulteração.
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Caso confirmado a intoxicação por metanol, o paciente poderá ser submetido a uma hemodiálise para que a substância tóxica seja filtrada antes do sangue voltar ao organismo. Ainda poderá ser necessário uso de oxigênio, soro, ácido fólico e etanol venoso ou oral para neutralizar os efeitos no corpo.
O Governo paulista já montou um gabinete de crise para definir ações de fiscalização e coibir as vendas de bebidas adulteradas. O estado já registrou 15 casos de intoxicação por metanol, sendo cinco vítimas fatais. Dois suspeitos foram presos e mais de 50 mil garrafas foram apreendidas durante a operação.