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A cessão de uma área para a construção de um novo Centro de Detenção Provisória (CDP) na Baixada Santista pode ser pautada na próxima reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb). A proposta será encaminhada pelo deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa ao conselho.
Segundo Paulo Alexandre, o secretário de Administração Penitenciária do Estado, Antônio Ferreira Pinto, afirmou, em audiência realizada na última segunda-feira, na Capital, que o Estado pode desapropriar áreas na Baixada para a construção de um CDP. A reunião foi acompanhada pelo secretário de Segurança Pública de Santos, Renato Perrenoud. Em Santos, as sete áreas oferecidas pela Prefeitura apresentam impedimentos técnicos e ambientais.
Recentemente, o delegado seccional de Santos, Elpídio Ferrarezi, alertou para a superlotação carcerária nos CDPs de São Vicente e Praia Grande e solicitou um terreno ao prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa. Na ocasião, Ferrarezi sugeriu a construção de um complexo prisional com unidades para homens e mulheres e Fundação Casa (ex-Febem), para menores infratores. Conforme disse o delegado, o Estado “já tem a verba só falta o terreno”.
Segundo Ferrarezi, a população carcerária dos dois CDPs juntos é de mais de dois mil presos. “A situação se agravou com a inclusão automática”. Agora os presos não ficam detidos nas cadeias anexas aos Distritos Policiais, sendo transferidos aos centros de detenção.
De acordo com o deputado, a intervenção do Estado é a última opção. Já o prefeito João Paulo Papa declarou que estuda juntamente com o prefeito Farid Madi, a desapropriação de uma área, em Guarujá, para a construção do CDP. Contudo, na oportunidade Papa preferiu não anunciar as áreas apontadas.
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