Fim da calvície Novo tratamento com células tronco promete impedir queda capilar / Reprodução/Freepik
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A calvície afeta a autoestima de milhares de pessoas em todo o mundo, e no Brasil não é diferente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 42 milhões de brasileiros possuem algum grau de calvície, sendo que aproximadamente 25% desse total são jovens entre 20 e 25 anos, de ambos os sexos.
Além da autoestima, a vida emocional e social dessas pessoas é impactada por essa condição. Diante disso, o mercado estético não mede esforços para criar produtos e fórmulas que prometam combater a calvície, embora, até o momento, nenhum método tenha sido comprovado como definitivo.
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A empresa americana Pelage Pharmaceuticals está desenvolvendo um medicamento que promete reverter a calvície por meio do estímulo a células-tronco foliculares adormecidas. Chamado de PP405, o composto encontra-se em fase de estudos clínicos, mas já apresenta resultados significativos.
Segundo a empresa, os testes indicam um potencial de aumento na densidade capilar de até 20%, o que equivale a aproximadamente 18 folículos a mais por centímetro quadrado.
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O PP405 atua inibindo o transportador mitocondrial de piruvato (MPC), proteína essencial para o metabolismo celular. Com o bloqueio do MPC, o piruvato acumula-se no citoplasma e é convertido em lactato.
Essa alteração metabólica induz as células-tronco dos folículos capilares a saírem da fase de repouso (telógena) para a fase de crescimento (anágena), processo energético mais rápido, associado à regeneração tecidual. Estudos demonstram que essa ativação resulta em aumento significativo do marcador Ki67, indicativo de proliferação celular.
Para obter resultados, o tratamento deve ser aplicado diariamente na forma de loção no couro cabeludo. Melhorias visíveis são esperadas entre 16 e 24 semanas. Diferente de outras abordagens, o PP405 não apresenta efeitos colaterais hormonais, tornando-se uma opção mais segura e atraente, especialmente para quem busca métodos menos invasivos.
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A calvície não é a única área que vem recebendo investimentos em terapia regenerativa. O setor de estética está cada vez mais aderindo a inovações da medicina regenerativa, visando não apenas tratar células disfuncionais, mas promover a renovação da matriz celular.
Esses tratamentos consistem em técnicas que buscam recriar estrutural e funcionalmente os tecidos, resultando em uma pele hidratada, viçosa, uniforme e saudável.
Inovações como o PP405 aceleram avanços na saúde capilar e atraem consumidores dispostos a investir em tecnologias premium, incentivando também novas pesquisas e desenvolvimentos no mercado cosmético.
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Para aqueles ansiosos pela novidade, a realidade ainda é distante. O lançamento do PP405 está previsto apenas para 2027, e o custo estimado ultrapassará R$ 1.000 por mês, o que pode limitar seu acesso em larga escala. No Brasil, o medicamento ainda não possui pesquisa clínica local ou registro pela Anvisa, indicando que há um longo caminho regulatório a ser percorrido antes de sua comercialização.
Entretanto, o sucesso do PP405 pode abrir portas para novos mercados no segmento de bem-estar capilar e inspirar parcerias com empresas de biotecnologia. Executivos do setor podem explorar colaborações globais para assegurar conformidade regulatória e posicionar tais produtos em nichos de alto valor, ampliando as opções para consumidores em busca de soluções eficazes.
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