Cotidiano
Desde que começou a ser registrada, ainda nos anos 1990, ela vem ocupando ambientes, pressionando espécies e alterando equilíbrio
A espécie de siri se prolifera rapidamente no litoral brasileiro / Freepik
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A proliferação do siri-capeta representa uma preocupação crescente para o litoral brasileiro, já que essa espécie invasora tem avançado rapidamente sobre diferentes áreas costeiras do país.
Desde que começou a ser registrada no Brasil, ainda nos anos 1990, ela vem ocupando ambientes sensíveis, pressionando espécies nativas e alterando o equilíbrio ecológico de regiões marinhas.
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A reportagem do Nexo Jornal destaca justamente como essa expansão vem moldando novos desafios ambientais.
Além disso, pesquisas apontam que a presença desse crustáceo exótico interfere diretamente em cadeias alimentares, reduz a diversidade local e afeta atividades tradicionais, especialmente a pesca artesanal.
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A combinação de facilidade de reprodução, adaptação rápida e ausência de predadores torna sua expansão um problema contínuo para o ecossistema costeiro.
O siri-capeta, cientificamente chamado Charybdis hellerii, vem originalmente da região do Indo-Pacífico e chegou ao Brasil por meios como a água de lastro de navios. Sua adaptação eficiente ao ambiente brasileiro facilitou sua rápida disseminação e consolidou sua presença em diferentes trechos da costa.
Essa espécie possui grande versatilidade biológica: atinge a maturidade em pouco tempo, alimenta-se de uma variedade de organismos e se desenvolve bem em ambientes costeiros.
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Junto disso, enfrenta poucos predadores naturais no Brasil, o que favorece sua presença dominante em áreas que antes eram ocupadas por organismos nativos.
Saiba mais no vídeo abaixo, do canal 3a Onishi:
A presença crescente do siri-capeta pressiona diretamente espécies nativas, competindo por espaço e alimentos essenciais à manutenção desses organismos.
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Esse tipo de competição reduz populações locais e interfere na estabilidade de comunidades inteiras que dependem desses recursos.
Outro efeito importante ocorre quando espécies predadas pelo invasor se tornam menos abundantes, criando um efeito cascata que afeta predadores maiores e outros organismos do ecossistema.
Com isso, o equilíbrio natural da região fica comprometido e alguns habitats passam a funcionar de forma diferente do esperado.
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Para comunidades que dependem da pesca artesanal, a disseminação do siri-capeta representa prejuízo econômico e redução da disponibilidade de espécies tradicionais.
Ao competir com siris nativos e outros organismos de valor comercial, o invasor afeta diretamente a renda de pescadores e produtores locais.
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O combate à espécie também envolve custos elevados e grande esforço, principalmente porque extinguir uma espécie invasora já estabelecida é extremamente difícil.
Isso gera desafios adicionais para órgãos ambientais e aumenta o impacto sobre grupos que já possuem recursos limitados.
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