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Cotidiano

Comissão realizará audiência para debater dragagem

CEV irá abordar a dragagem realizada pela empresa VLI, em Santos. MPF recomendou que Cetesb ordenasse a suspensão dos trabalhos

Publicado em 07/06/2017 às 10:30

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Cava subaquática integra o projeto de dragagem do canal de Piaçaguera e visa permitir o acesso de grandes navios aos terminais da VLI e também da Usiminas / Divulgação/VLI

A Comissão Especial de Vereadores (CEV) que acompanha os trabalhos de dragagem e demais ações ou omissões que possam implicar em impacto ambiental à região irá realizar uma audiência pública para debater os trabalhos de dragagem envolvendo a empresa de logística VLI.

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou com urgência que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) suspenda a autorização para a VLI fazer uma dragagem de abertura de uma cava subaquática e dispor ali sedimentos contaminados.

“Eles sugerem a suspensão dos trabalhos de dragagem. Ainda não é algo concreto. A gente pretende, através de audiência pública, com professores da Unifesp, com o Ministério Público também, com outras pessoas que tem competência para tal demonstrar, efetivamente, os problemas que essa dragagem poderia trazer para toda vida marinha”, explicou o vereador Fabrício Cardoso (PSB), que preside a CEV.

A comissão já enfiou ofício para diversos órgãos para participar da audiência. Entre eles estão a Cetesb, o Ministério Público Estadual, Ultrafertil, Codesp, Usiminas, CPEA Ambiental, além de especialistas e a ­imprensa.

Cardoso alertou para os riscos ambientais da dragagem de abertura de cava subaquática.

“Estamos com o mapeamento das dragas. O certo era apresentar um outro sistema que não esse que eles fizeram. A cava subaquática é uma cava feita de argila e ali teria que ser de forma terrestre, com encapsulamento, mas iria ocupar uma área do terreno deles. Eles optaram por fazer isso aí, mas imagina se várias empresas tiverem a mesma opção de solução? Com várias cavas subaquáticas corre o risco de qualquer movimentação de maré ou o próprio navio passar muito próximo. Você vai levantar todo sedimento tóxico e vai acabar com a vida marinha”, comentou Fabrício.

Segundo o parlamentar, a intenção da audiência também é apresentar relatórios sobre os impactos ambientais que a dragagem possa trazer, questionar os métodos utilizados e dar espaço para a empresa de logística apresentar o seu ­posicionamento.

“Estamos questionando quais os métodos. Estamos com diversos relatórios. Temos pessoas contratadas para demonstrar os riscos que isso pode trazer. Queremos confrontar todos esses dados cobrar da empresa, chamar a empresa que está fazendo a dragagem para que ela conteste. São professores, mestres que vão fazer essa argumentação. Para que ela prove que não existe risco algum, o que acreditamos ser muito difícil, para toda vida marinha”, disse o vereador.

A cava integra o projeto de dragagem do canal de Piaçaguera, empreendimento que visa permitir o acesso de grandes navios aos terminais da VLI (Tiplam) e da Usiminas. Segundo o MPF, apesar de mais barata, a cava submersa é a menos segura para o meio ­ambiente.

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