25 de Abril de 2024 • 20:31
Cava subaquática integra o projeto de dragagem do canal de Piaçaguera e visa permitir o acesso de grandes navios aos terminais da VLI e também da Usiminas / Divulgação/VLI
A Comissão Especial de Vereadores (CEV) que acompanha os trabalhos de dragagem e demais ações ou omissões que possam implicar em impacto ambiental à região irá realizar uma audiência pública para debater os trabalhos de dragagem envolvendo a empresa de logística VLI.
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou com urgência que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) suspenda a autorização para a VLI fazer uma dragagem de abertura de uma cava subaquática e dispor ali sedimentos contaminados.
“Eles sugerem a suspensão dos trabalhos de dragagem. Ainda não é algo concreto. A gente pretende, através de audiência pública, com professores da Unifesp, com o Ministério Público também, com outras pessoas que tem competência para tal demonstrar, efetivamente, os problemas que essa dragagem poderia trazer para toda vida marinha”, explicou o vereador Fabrício Cardoso (PSB), que preside a CEV.
A comissão já enfiou ofício para diversos órgãos para participar da audiência. Entre eles estão a Cetesb, o Ministério Público Estadual, Ultrafertil, Codesp, Usiminas, CPEA Ambiental, além de especialistas e a imprensa.
Cardoso alertou para os riscos ambientais da dragagem de abertura de cava subaquática.
“Estamos com o mapeamento das dragas. O certo era apresentar um outro sistema que não esse que eles fizeram. A cava subaquática é uma cava feita de argila e ali teria que ser de forma terrestre, com encapsulamento, mas iria ocupar uma área do terreno deles. Eles optaram por fazer isso aí, mas imagina se várias empresas tiverem a mesma opção de solução? Com várias cavas subaquáticas corre o risco de qualquer movimentação de maré ou o próprio navio passar muito próximo. Você vai levantar todo sedimento tóxico e vai acabar com a vida marinha”, comentou Fabrício.
Segundo o parlamentar, a intenção da audiência também é apresentar relatórios sobre os impactos ambientais que a dragagem possa trazer, questionar os métodos utilizados e dar espaço para a empresa de logística apresentar o seu posicionamento.
“Estamos questionando quais os métodos. Estamos com diversos relatórios. Temos pessoas contratadas para demonstrar os riscos que isso pode trazer. Queremos confrontar todos esses dados cobrar da empresa, chamar a empresa que está fazendo a dragagem para que ela conteste. São professores, mestres que vão fazer essa argumentação. Para que ela prove que não existe risco algum, o que acreditamos ser muito difícil, para toda vida marinha”, disse o vereador.
A cava integra o projeto de dragagem do canal de Piaçaguera, empreendimento que visa permitir o acesso de grandes navios aos terminais da VLI (Tiplam) e da Usiminas. Segundo o MPF, apesar de mais barata, a cava submersa é a menos segura para o meio ambiente.
Coluna
Comissão da Câmara dos Deputados aprova projeto de lei que prevê transporte porta a porta gratuito para pessoas com severa dificuldade de locomoção
Em breve!
O hospital terá seis pavimentos. Ainda será erguida uma escola, uma quadra poliesportiva e um campo de futebol