Foto meramente ilustrativa, que não representa o cometa citado no texto / Pexels
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Um cometa com origem fora do Sistema Solar está passando pelas proximidades da Terra a uma velocidade impressionante de aproximadamente 210 mil km/h. Nomeado 3I/ATLAS, o objeto pode ser um dos corpos celestes mais antigos já detectados pela ciência, com uma idade estimada em cerca de 3 bilhões de anos.
Sua trajetória foi determinada por meio de um modelo computacional desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford, a partir de dados coletados pelo observatório espacial Gaia, da Agência Espacial Europeia.
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As análises indicam que o cometa se originou no "disco espesso" da Via Láctea, uma região composta por estrelas antigas e distante da área onde se formou o Sistema Solar.
Composto principalmente por gelo de água, o 3I/ATLAS pode desenvolver uma cauda brilhante ao se aproximar do Sol, provocada pela vaporização do material sob ação da radiação solar. Caso isso se confirme, o fenômeno poderá ser visível tanto por astrônomos profissionais quanto por observadores amadores.
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Apesar do entusiasmo com a descoberta, os cientistas alertam que mais observações são necessárias para validar os dados iniciais. Ainda assim, a passagem do 3I/ATLAS representa uma rara chance de estudar um objeto formado longe da influência do Sol, o que pode oferecer pistas preciosas sobre a origem e a evolução de sistemas estelares em outras regiões da galáxia.
Até hoje, apenas dois objetos com origem interestelar foram confirmados ao cruzar o Sistema Solar: o enigmático 'Oumuamua, em 2017, e o 2I/Borisov, em 2019. Eventos como esses ajudam os pesquisadores a compreender melhor os processos físicos e químicos que ocorrem no nascimento de estrelas e planetas em diferentes pontos da Via Láctea.
Cometas interestelares são corpos celestes que não pertencem ao Sistema Solar. Ao contrário dos cometas tradicionais, que orbitam o Sol, esses objetos se movem a altíssimas velocidades, cruzando nossa região cósmica antes de retornarem ao espaço profundo.
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Considerados remanescente do processo de formação de outros sistemas estelares, esses cometas fornecem informações únicas sobre o ambiente original em que surgiram. A detecção desses corpos exige telescópios de alta precisão, capazes de identificar movimentos anômalos no céu.
Após a identificação, técnicas como espectroscopia, fotometria e modelagem orbital são utilizadas para analisar a composição química e traçar a possível origem desses viajantes interestelares.
O próprio ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), que deu nome ao 3I/ATLAS, é um dos programas responsáveis por monitorar o céu em busca de objetos potencialmente perigosos ou incomuns.
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Em 2025, os amantes da astronomia podem esperar um calendário recheado de fenômenos. O ano promete eclipses solares e lunares, chuvas de meteoros, superluas e cometas.
Agora em novembro, dois cometas passarão perto da Terra e poderão ser vistos com ajuda de equipamentos específicos.
O cometa C/2025 A6 (Lemmon) atingirá o periélio, o ponto da órbita de um comenta onde este está mais próximo do Sol, em 8 de novembro de 2025
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O cometa 210P/Christensen é um cometa periódico descoberto em 2003 e que será visível em novembro de 2025, com melhor visibilidade esperada através de binóculos.