O ponto de maior aproximação ao Sol ocorreu em 30 de outubro de 2025, quando o 3I/ATLAS passou a cerca de 1,4 unidades astronômicas / Reprodução/Internet
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O cometa 3I/ATLAS, terceiro objeto interestelar já confirmado no Sistema Solar, iniciou sua trajetória de saída após uma passagem próxima ao Sol e ao planeta Marte.
Descoberto em julho de 2025 pelo telescópio ATLAS, no Chile, o cometa vem sendo monitorado em alta resolução por missões da NASA e da ESA, que acompanham cada etapa de sua aproximação e afastamento.
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O ponto de maior aproximação ao Sol ocorreu em 30 de outubro de 2025, quando o 3I/ATLAS passou a cerca de 1,4 unidades astronômicas, viajando a aproximadamente 246 mil km/h. Agora, já em rota de saída, o cometa desacelera gradualmente enquanto segue influenciado pela gravidade solar.
A previsão é que o cometa 3I/ATLAS alcance sua menor distância da Terra em 19 de dezembro, quando deve estar a cerca de 270 milhões de quilômetros — aproximadamente 1,8 unidades astronômicas, quase o dobro da distância entre a Terra e o Sol. Astrônomos reforçam que a passagem não oferece risco ao planeta.
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Enquanto o objeto interestelar se afasta, o Telescópio Espacial Hubble continua registrando imagens de alta precisão do núcleo e da coma do cometa. Em 30 de novembro, o Hubble capturou novos registros que mostram o núcleo brilhante envolto por uma intensa nuvem de gás e poeira, evidenciando a forte atividade causada pela recente passagem próxima ao Sol. O movimento acelerado do cometa faz com que as estrelas de fundo apareçam alongadas nas imagens.
Além do Hubble, a NASA mantém uma campanha que reúne mais de uma dezena de sondas, incluindo orbitadores em Marte e o telescópio James Webb, com o objetivo de estudar o comportamento e a composição do cometa interestelar 3I/ATLAS. Esses dados permitem compreender melhor materiais formados fora do Sistema Solar e fornecem pistas valiosas sobre a evolução de outros sistemas estelares.
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As últimas 48 horas de monitoramento do cometa interestelar 3I/ATLAS adicionaram novos elementos à investigação científica sobre o objeto.
Observatórios na África do Sul, Havaí, Europa e Ásia registraram padrões inéditos em sua estrutura, comportamento que não se encaixa nos modelos tradicionais de fragmentação ou desintegração de cometas e asteroides.
Estruturas que deveriam se dispersar começaram a apresentar configurações estáveis e geometricamente coerentes, algo incomum para corpos naturais em rota de saída do Sistema Solar.
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Imagens captadas por telescópios como o MeerKAT e o Maunakea mostram que a assinatura térmica do cometa, em vez de indicar perda de material, exibe zonas que oscilam ritmicamente em ciclos precisos, comportamento incompatível com uma ruptura natural.
Pesquisadores do Centro Harvard-Smithsonian apontam que pequenos pontos próximos ao objeto mantêm distâncias constantes, sugerindo algum tipo de organização interna ainda não compreendida.
Nas faixas infravermelhas, surgem contornos angulares e superfícies que lembram planos discretos — padrões raros em objetos interestelares.
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O fenômeno fica ainda mais evidente nos registros formados por centenas de imagens consecutivas, que revelam um alinhamento progressivo entre elementos ao redor do cometa.
A reorganização ocorre sem sinais de erosão ou sublimação, o que tem levado equipes independentes a intensificar análises técnicas.
Em paralelo, o radiotelescópio FAST, na China, detectou microvariações repetidas em 1.4 GHz, coincidindo com os mesmos intervalos em que as estruturas térmicas se reconfiguram. Não há indicação de comunicação, mas especialistas destacam a correlação energética como algo incomum.
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Pesquisadores do Galileo Project, coordenado por Avi Loeb, compararam simulações de desintegração com os novos dados — e os modelos tradicionais não se ajustam ao comportamento registrado.
Ajustes que simulam montagem, reorganização modular ou desdobramento convergiram melhor com as observações, embora sem conclusões definitivas. A descoberta reforça o que astrônomos já admitem nos bastidores: o 3I/ATLAS apresenta uma combinação de características nunca vista, incluindo padrões térmicos organizados e alinhamentos geométricos progressivos.
Uma das alterações mais discutidas ocorreu na região frontal do objeto, onde uma estrutura parece ter mudado de forma ao longo de poucas horas.
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Nas imagens, o contorno surge mais definido e alinhado ao movimento — comportamento oposto ao esperado em processos de erosão natural.
Especialistas alertam, porém, que qualquer interpretação exige cautela e observação contínua, já que não há evidências de tecnologia nem justificativas para afirmar origem artificial.
O que os dados mostram até agora é um conjunto crescente de anomalias estruturais, térmicas e geométricas que colocam o cometa em um território científico pouco explorado.
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À medida que o 3I/ATLAS se aproxima de sua melhor janela de observação, novas informações podem exigir revisões profundas nos modelos que descrevem corpos interestelares.
Para a comunidade científica, o desafio agora não é apenas observar o que o objeto faz, mas compreender o que esse comportamento implica sobre organização e dinâmica no espaço profundo.