Cotidiano

Cometa 3I/ATLAS passa perto da Terra nesta sexta (19) e desperta alerta mundial

O cometa passará pelo ponto mais próximo do planeta, renovando teorias e expectativas científicas

Luna Almeida

Publicado em 16/12/2025 às 18:32

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A trajetória e o comportamento do 3I/ATLAS provocaram debates nas redes / International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF

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O céu ganhará um visitante incomum nesta sexta-feira (19). O cometa 3I/ATLAS, um dos raríssimos objetos interestelares já confirmados, alcançará seu ponto de maior aproximação à Terra e promete movimentar astrônomos no mundo todo, apesar de permanecer invisível a olho nu.

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A passagem, embora distante, representa uma oportunidade científica valiosa. Com cerca de 269 milhões de quilômetros separando o cometa do planeta, especialistas reforçam que ele não oferece qualquer risco. 

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Ainda assim, o momento é considerado histórico, já que visitantes de fora do Sistema Solar são extremamente incomuns.

Um visitante que veio de fora

Detectado pela primeira vez em 1º de julho pelo sistema ATLAS, no Chile, o cometa rapidamente ganhou atenção devido às suas características incomuns. 

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A trajetória e o comportamento do 3I/ATLAS provocaram debates nas redes, alimentando inclusive teorias de que teria origem artificial. Os cientistas descartaram qualquer hipótese do tipo.

Pesquisadores destacam que estudar um objeto como esse ajuda a compreender como se formam mundos além do Sistema Solar. 

O cometa possui uma coma – o halo luminoso de gás e poeira liberado quando se aproxima do Sol – que pode revelar pistas sobre a composição e evolução de corpos celestes em outras estrelas.

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Primeiras imagens e respostas a antigos mistérios

Pela primeira vez, um cometa interestelar foi observado emitindo raios X / NASA, ESA, David Jewitt (UCLA); Image Processing: Joseph DePasquale (STScI)
Pela primeira vez, um cometa interestelar foi observado emitindo raios X / NASA, ESA, David Jewitt (UCLA); Image Processing: Joseph DePasquale (STScI)
Imagens recentes feitas por telescópios terrestres e pelo observatório espacial XMM-Newton / ESA/XMM-Newton/C. Lisse, S. Cabot & the XMM ISO Team / JAXA
Imagens recentes feitas por telescópios terrestres e pelo observatório espacial XMM-Newton / ESA/XMM-Newton/C. Lisse, S. Cabot & the XMM ISO Team / JAXA
O cometa possui uma coma  o halo luminoso de gás e poeira liberado quando se aproxima do Sol / International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/B. Bolin
O cometa possui uma coma o halo luminoso de gás e poeira liberado quando se aproxima do Sol / International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/B. Bolin
O cometa rapidamente ganhou atenção devido às suas características incomunsNASA/JPL-Caltech/ASU
O cometa rapidamente ganhou atenção devido às suas características incomunsNASA/JPL-Caltech/ASU
Segundo a NASA, o cometa permanecerá observável até a primavera de 2026 / NASA/Lowell Observatory/Qicheng Zhang
Segundo a NASA, o cometa permanecerá observável até a primavera de 2026 / NASA/Lowell Observatory/Qicheng Zhang
A trajetória e o comportamento do 3I/ATLAS provocaram debates nas redes / International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/B. Bolin
A trajetória e o comportamento do 3I/ATLAS provocaram debates nas redes / International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/B. Bolin

Imagens recentes feitas por telescópios terrestres e pelo observatório espacial XMM-Newton revelaram algo inédito: pela primeira vez, um cometa interestelar foi observado emitindo raios X. 

O brilho difuso ao redor de seu núcleo confirmou que esses corpos podem apresentar o mesmo comportamento dos cometas tradicionais do nosso sistema.

A descoberta ajuda a esclarecer um mistério que intriga astrônomos há anos: se forasteiros galácticos reagiriam à radiação solar da mesma forma que os cometas “domésticos”.

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Dá para ver o cometa?

Para quem pretende acompanhar, é importante saber que a distância tornará o 3I/ATLAS invisível sem instrumentos. Mesmo assim, ele poderá ser observado antes do nascer do sol com um pequeno telescópio, especialmente no momento de maior aproximação.

Segundo a NASA, o cometa permanecerá observável até a primavera de 2026, assemelhando-se a uma estrela mais brilhante.

 A ESA disponibiliza um mapa interativo com sua posição em tempo real, e o Virtual Telescope Project fará uma transmissão gratuita da passagem, prevista para começar às 4h da manhã (horário de Lisboa), caso as condições climáticas permitam.

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