Cotidiano

Clientes acusam corretora de bitcoin de sumir com dinheiro

A NegocieCoins foi considerada, em abril, a segunda maior do mundo em criptomoedas e a primeira em volume de operações entre todas as corretoras, segundo o CoinMarketCap, que compila dados do setor.

Folhapress

Publicado em 11/08/2019 às 20:49

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Pixabay/Fotos Públicas

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Um grupo especialista no comércio de Bitcoins, considerado por usuários como o maior do Brasil no ramo, tem sido alvo de centenas de processos desde junho. E, em buscas nas contas bancárias, a Justiça não tem encontrado dinheiro para ressarcir os clientes, que tentam, em vão, sacar as quantias investidas.

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A NegocieCoins foi considerada, em abril, a segunda maior do mundo em criptomoedas e a primeira em volume de operações entre todas as corretoras, segundo o CoinMarketCap, que compila dados do setor. 

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Na ocasião, a corretora brasileira teria negociado mais de 300 mil bitcoins em apenas 24 horas, montante que superaria US$ 2 bilhões.

Apesar da quantia, as empresas do grupo Bitcoin Banco, do qual a NegocieCoins faz parte, não tinham fundos disponíveis em suas contas bancárias para ressarcir os clientes, segundo processos de sete estados.

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As cerca de 200 ações, cujos valores variam de R$ 10 mil a R$ 12 milhões, cobram a devolução do dinheiro depositado.

No Paraná, uma decisão favorável à empresa Work Consultoria determinou o pagamento de R$ 12,120 milhões, relativo a uma confissão de dívida da NegocieCoins, que venceu e não foi cumprida. 

A dívida original era de R$ 39,2 milhões, que diminuiu após acordo para pagamento imediato - não cumprido pelo grupo Bitcoin Banco. 

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"Após o vencimento [da confissão de dívida] e o não cumprimento do compromisso, todas as nossas tentativas de contato com a empresa foram em vão. Eles simplesmente sumiram", disse Luciano Oliveira, 39, sócio da Work Consultoria.

O relato é parecido com o de milhares de usuários do grupo, que se uniram em diversos grupos no WhatsApp e no Telegram. O jornal Folha de S.Paulo teve acesso a um desses grupos. Os residentes no Paraná organizam para esta segunda (12) um protesto na sede da empresa, em Curitiba, e distribuem modelos de representação criminal para entregar no Ministério Público.

Em outro processo no Paraná, o juiz determinou o bloqueio de R$ 6 milhões das contas das empresas do Bitcoin Banco, mas só encontrou R$ 130 mil em caixa. No estado, são 154 ações.

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Em outro processo no Paraná, o magistrado exigiu o bloqueio financeiro da NegocieCoins por uma cobrança de R$ 2 milhões. Porém, só havia R$ 2.000 nas contas bancárias. Em uma terceira execução, a Justiça só localizou R$ 424.

No estado de São Paulo, são 27 processos contra o grupo, que totalizam cobranças de cerca de R$ 3,5 milhões.

As ações já atingem as cidades de Taboão da Serra, Atibaia, Birigui, Guarulhos, Jandira, Osasco, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São Paulo e Taubaté. 

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Estima-se que sejam 20 mil usuários das plataformas do Bitcoin Banco, segundo clientes disseram ao jornal Folha de S.Paulo. A empresa não respondeu à reportagem sobre quantas pessoas utilizam as plataformas. 

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