A movimentação começou com bloqueios na avenida e terminou em confronto generalizado / Reprodução/SBT
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Um confronto entre moradores da favela do Moinho, em São Paulo, e a Polícia Militar, na tarde de quarta-feira (14), terminou em tensão, violência e agressão contra uma equipe de televisão que fazia a cobertura ao vivo do protesto.
O cinegrafista Giba, do SBT, foi atingido por uma pedrada enquanto acompanhava a repórter Fabíola Corrêa em meio à confusão que tomou a avenida Rio Branco, em São Paulo.
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O episódio aconteceu durante a transmissão do programa "Tá na Hora", que precisou interromper a cobertura para garantir a segurança dos profissionais.
Ainda no ar, a apresentadora do estúdio pediu que os repórteres buscassem abrigo após o local ser tomado por bombas de gás lacrimogêneo e disparos com balas de borracha.
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Logo em seguida, foi informada que Giba havia sido ferido com uma pedra durante a cobertura.
O protesto, que já estava em seu terceiro dia, envolvia moradores da favela do Moinho em um embate direto com a Polícia Militar.
Segundo o relato da equipe de rua, os manifestantes começaram a lançar pedras contra os agentes, que reagiram com armamento de dispersão, gerando um ambiente caótico. A equipe de reportagem estava na linha de frente quando a confusão se intensificou.
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Mesmo após o cinegrafista ser atingido, a repórter seguiu informando o público sobre a situação. Em meio à fumaça e correria, ela chegou a segurar a câmera para ajudar o colega ferido e continuar a cobertura.
Tentaram abrigo junto aos policiais, mas até esse espaço era alvo de pedradas. Idosos, crianças e mulheres com bebês estavam entre os que fugiam dos tiros e bombas espalhados pela avenida.
A movimentação começou com bloqueios na avenida e terminou em confronto generalizado.
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Segundo a equipe, os tiros eram disparados sem distinção de direção, o que obrigou manifestantes, moradores e jornalistas a correrem em busca de abrigo. A imagem transmitida ao vivo mostrou a tensão e o risco enfrentado pelos profissionais no local.
Mesmo com o compromisso de informar em tempo real, a prioridade da emissora passou a ser garantir a segurança da equipe.
A repórter e o cinegrafista foram retirados da linha de confronto, e o estado de saúde de Giba, embora não detalhado, pareceu não inspirar maiores preocupações após o ocorrido.
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O caso levanta debate sobre os riscos enfrentados por jornalistas em coberturas de campo e a crescente tensão nas ruas em meio a manifestações populares.