Emily Guedert Araújo foi morta a tiro aos 13 anos por um menor infrator da mesma idade / Arquivo Pessoal
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O premiado cineasta Toni Martin, presidente da empresa Inomi, lança a pré-produção do curta-metragem “Emily - Uma Paixão pela Vida”, cujo enfoque será uma cronologia invertida dos fatos acerca da menina de 13 anos, que perdeu a vida na Vila São Jorge, em São Vicente, por causa de uma máquina fotográfica digital. O autor do crime também tinha à época 13 anos.
A pré-produção será apresentada hoje, data em que a fatalidade completa nove anos, quando o cineasta se encontrará com os pais da jovem, Wilson Caetano e Ângela Guedert, logo após a missa celebrada a partir das 19h30 na Igreja Nossa Senhora do Amparo (Av. Capitão-mor Aguiar, 773 - Bitaru). A conclusão do filme está programada para julho.
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Partindo da história de Emily, a narrativa fará um paralelo entre famílias de vítimas e de menores infratores, levando à reflexão sobre o estado de normose (conjunto de hábitos considerados normais pelo consenso social) e a consequente anestesia conformista da sociedade diante de atos de violência banalizada.
Juntamente com o filme, Toni Martin desenvolve na região o projeto Artistas em Ação, cujo objetivo é agregar artistas para causas de conscientização de temas de interesse social.
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Toni Martin
Antonio Guillermo Martin Giles Antúnez de Mayolo nasceu em 8 de dezembro de 1963 em Lima, no Peru. No Brasil, ele fez diversos filmes em curta-metragem, ganhando prêmios em festivais de cinema nacional e no exterior.
Atualmente, desenvolve projetos pela Inomi, que desenvole o projeto Artistas em Ação; dá cursos e treinamentos para Direção de Atores, atua como professor universitário em cursos na área de comunicação, além de produzir e dirigir filmes de webseries no Brasil e no exterior.
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A história de Emily, de 13 anos
Filha de Wilson Caetano e Ângela Guedert Araújo, Emily perdeu a vida em uma tarde de domingo, em frente a sua casa, na Rua Rubim César (Vila São Jorge, em São Vicente). A menina estava em companhia de dois amigos, quando crianças armadas assaltaram o grupo, pedindo a máquina fotográfica digital. Mesmo sem ter reagido à ação, um dos infratores disparou o tiro que matou Emily. O caso teve repercussão nacional, reacendendo a discussão sobre a maioridade penal.