Cotidiano

Cientistas brasileiros anunciam inovação que promete o fim do pum após comer feijão

A técnica de edição genética desenvolvida pela Embrapa remove os carboidratos que provocam inchaço abdominal sem alterar o sabor ou os nutrientes do grão

Giovanna Camiotto

Publicado em 25/12/2025 às 19:45

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Alguns compostos do feijão fermentam no intestino, o que acaba provocando gases / Freepik

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O tradicional feijão com arroz está prestes a passar pela maior revolução tecnológica da sua história no Brasil. Pesquisadores da Embrapa estão utilizando a técnica de edição genética CRISPR para solucionar um problema que afeta milhões de consumidores que sofrem com gases e desconforto digestivo após as refeições.

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A inovação foca na desativação dos genes responsáveis pela produção dos oligossacarídeos que são carboidratos que o corpo humano não consegue digerir e que acabam fermentando no intestino grosso.

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O inchaço abdominal causado pelo feijão ocorre devido aos oligossacarídeos que são carboidratos complexos que o corpo humano não possui enzimas para digerir. Ao chegarem intactos ao intestino grosso esses compostos sofrem fermentação bacteriana resultando na produção de gases como hidrogênio e metano/Pexels
O inchaço abdominal causado pelo feijão ocorre devido aos oligossacarídeos que são carboidratos complexos que o corpo humano não possui enzimas para digerir. Ao chegarem intactos ao intestino grosso esses compostos sofrem fermentação bacteriana resultando na produção de gases como hidrogênio e metano/Pexels
Diferente da transgenia tradicional a técnica CRISPR permite que os cientistas da Embrapa realizem cortes precisos no DNA do grão para silenciar apenas os genes responsáveis pelos carboidratos indesejados. Isso garante que a planta continue produzindo ferro e proteínas sem carregar o fator que causa o mal-estar/Pexels
Diferente da transgenia tradicional a técnica CRISPR permite que os cientistas da Embrapa realizem cortes precisos no DNA do grão para silenciar apenas os genes responsáveis pelos carboidratos indesejados. Isso garante que a planta continue produzindo ferro e proteínas sem carregar o fator que causa o mal-estar/Pexels
A remoção dos compostos fermentáveis diretamente na semente reduz drasticamente a necessidade do remolho longo que serve para lixiviar esses açúcares na água. A nova variedade permite um cozimento mais rápido e eficiente economizando gás e tempo sem a necessidade de trocas constantes de água/Pexels
A remoção dos compostos fermentáveis diretamente na semente reduz drasticamente a necessidade do remolho longo que serve para lixiviar esses açúcares na água. A nova variedade permite um cozimento mais rápido e eficiente economizando gás e tempo sem a necessidade de trocas constantes de água/Pexels
Os testes laboratoriais indicam que o feijão editado geneticamente mantém a mesma textura e o caldo grosso apreciado pelos brasileiros. A modificação é focada exclusivamente na digestibilidade garantindo que o alimento continue sendo uma das fontes mais baratas e completas de nutrientes para a população/Pexels
Os testes laboratoriais indicam que o feijão editado geneticamente mantém a mesma textura e o caldo grosso apreciado pelos brasileiros. A modificação é focada exclusivamente na digestibilidade garantindo que o alimento continue sendo uma das fontes mais baratas e completas de nutrientes para a população/Pexels

A nova variedade de feijão promete mudar radicalmente a rotina nas cozinhas brasileiras pois a redução desses compostos elimina a necessidade de deixar o grão de remolho por longos períodos.

Além de facilitar a digestão e combater o inchaço, essa nova técnica preserva integralmente o valor nutricional o ferro e as proteínas do alimento.

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Embora a tecnologia já apresente resultados promissores em laboratório o novo feijão passará por etapas rigorosas de testes comerciais e regulatórios antes de chegar às prateleiras dos supermercados nos próximos anos.

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