O sistema cobre 12,5 mil km² e abrange os municípios do Litoral Norte, Baixada Santista e Capital / Divulgação/Governo do Estado
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Apesar de terem aderido ao programa, os nove municípios da Baixada Santista subaproveitam o Sistema de Monitoramento Via Satélite das Áreas Suscetíveis (SMAS) do Estado de São Paulo - uma ferramenta desenvolvida pelo Instituto Geográfico e Cartográfico (IGC), vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), para monitorar áreas suscetíveis a riscos e desastres.
A informação, em tom de 'puxão de orelha' aos prefeitos, foi dada pelos técnicos do Governo do Estado durante a reunião do Conselho Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista, realizada na última terça-feira (29), no Bloco Cultural de Cubatão. O prefeito Kayo Amado (Podemos), presidente do órgão, não compareceu.
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O SMAS utiliza imagens de satélite para identificar mudanças e alterações no território, fornecendo alertas mensais e mosaicos trimestrais às cidades para que possam reforçar a prevenção de desastres e melhorar a gestão territorial.
O sistema cobre inicialmente 12,5 mil quilômetros quadrados e abrange os municípios do Litoral Norte, Baixada Santista e Grande São Paulo, de acordo com um comunicado da habitação-sp.
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O SMAS é uma ferramenta importante para a gestão territorial e a prevenção de desastres no Estado, fornecendo informações valiosas para que as cidades possam agir de forma mais efetiva.
Em entrevista exclusiva ao Diário, Márcio Aurélio de Almeida Quedinho, do Instituto Geográfico e Cartográfico de Estado de São Paulo, ratificou que os municípios precisam ampliar o uso do sistema, pois os técnicos possuem usuário e senha, são indicados pelos prefeitos, chegam a acessar, mas não o fazem de forma satisfatória.
"A gente consegue ver, através do alerta, por exemplo, alterações em áreas de preservação permanente. Então, as equipes dos municípios podem fazer alguma ação mais efetiva dentro dessas áreas. Em território urbano, dá para detectar invasões. Se eles (técnicos) ficarem atentos ao sistema, ficarem monitorando, eles vão evitar invasões", ressalta Quedinho.
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O técnico enfatiza que o SMAS alerta para questões ambientais, de defesa civil, de desenvolvimento urbano e outras áreas.
"As ações podem exigir urgência ou mitigatórias. Eu precisaria pegar relatórios, mas, semestralmente, a gente pede o retorno enquanto Estado do que está sendo feito dos alertas. De 5 de outubro de 2023 a 31 de março deste ano, foram emitidos 1.302 alertas na Baixada. Qualquer alteração no território o sistema identifica automaticamente. Então, cabe aos técnicos analisarem se é um problema ou não", explica.
O técnico finaliza revelando que muitos alertas podem ser falsos. Por exemplo, um desmatamento já autorizado. "Se os técnicos ficarem monitorando o sistema, evitam um trabalho de campo e desperdício de tempo. Mas, às vezes, podem precisar de ações mais efetivas. Olhando o sistema sistematicamente ajuda muito o trabalho de fiscalização e controle", finaliza.
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