06 de Outubro de 2024 • 00:42
Cotidiano
Santos ocupa a 25º posição no Índice FipeZap, que indica os 50 municípios com o metro quadrado mais caro; Guarujá é 31º no ranking, PG é 36ª e SV é 48ª
Santos é a cidade do mundo com a maior quantidade de prédios tortos / Renan Lousada/DL
Apesar do ciclo recente da construção civil, que mudou o cenário à beira-mar com novas e modernas torres de luxo, o metro quadrado em Santos vale só a metade do preço praticado em outras cidades praianas, como Balneário Camboriú. E mesmo cidades menos badaladas têm imóveis mais valorizados que Santos. Esse é o caso das também catarinenses Itapema, Itajaí e São José.
Os recentes investimentos no alargamento de praias, em teleféricos e outros equipamentos turísticos alavancaram o mercado imobiliário nesses municípios. Mas, até nos balneários capixabas da Vila Velha e de Vitória o metro quadrado está valendo mais que na ‘Terra do Rei Pelé’ atualmente. E o motivo de Santos ocupar apenas a 25ª posição no índice FipeZap podem ser os prédios inclinados. Nesses imóveis o preço do metro quadrado chega a valer até 30% menos que em um edifício alinhado.
E, apesar de ser comum encontrar anúncios de quitinetes em Santos por valores próximos dos R$ 300 mil, as cotações no Município são menores até que a média Brasil.
Segundo o FipeZap, em Santos a preço médio é de R$ 6.321,00 por metro quadrado de área construída. Enquanto isso, a apuração feita em parceria pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e pelo portal ZAP apontou que a média nos 50 municípios pesquisados é de R$ 8.622,00.
Santos é a cidade do mundo com a maior quantidade de prédios tortos. Ao todo, a Cidade abriga 319 edifícios nessas condições, 65 deles com inclinação “acentuada”, segundo os parâmetros da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Mas, essa situação não é exclusiva de Santos. Guarujá, por exemplo, ocupa só o 31º no ranking FipeZap. Na ‘Pérola do Atlântico’, o metro quadrado apurado foi de R$ 5.926,00, também abaixo da média Brasil.
Porém, a expectativa é que o Município volte a viver um novo ciclo de desenvolvimento econômico com a inauguração do Aeroporto Civil Metropolitano e da ponte Santos-Guarujá, o que deve motivar novos investimentos, aquecer o mercado imobiliário e atrair novos moradores.
A urbanização dos 22 quilômetros de orla promovida por Praia Grande na última década do século 20 colocou o Município na vitrine da construção civil.
E a Cidade é uma das que mais crescem no Estado, com sucessivos avanços populacionais, atraindo paulistanos aposentados e santistas em busca de novos ares. Porém, mesmo assim, Praia Grande ocupa apenas a 36ª posição no ranking FipeZap, com o valor médio do metro quadrado fixado em R$ 5.479,00.
Rica em história, São Vicente parece não capitalizar todas as belezas naturais que possui. Pelo menos em termos imobiliários, o Município não obtém o destaque que merecia, ocupando apenas a 48ª posição no ranking FipeZap.
Na terra de Martim Afonso, do Gonzaguinha, do Itararé e da Ilha Porchat, o metro quadrado de área construída vale apenas R$ 4.221,00, mais de R$ 4 mil abaixo da média Brasil.
Divulgado no final de 2023, o índice FipeZap monitora o mercado imobiliário nas principais cidades do País e define o ranking das 50 com os imóveis mais caros.
Nesse quesito, Balneário Camboriú está no topo, com R$ 12.470,00 pelo metro quadrado. O recente interesse pela cidade também elevou os valores dos imóveis em outras praias catarinenses. Esse é o caso de Itapema (R$ 11.946,00), Itajaí (R$ 10.363,00) e São José (R$ 6.898,00). Na capital Florianópolis, o índice apurou preço médio de R$ 10.566,00.
Também à beira-mar, Rio de Janeiro (R$ 9.953,00), Maceió (R$ 7.999,00), Recife (R$ 7.496,00) e Fortaleza (R$ 7.133,00) também estão à frente de Santos, Guarujá, Praia Grande e São Vicente no ranking, assim como a cidade de Niterói (R$ 6.904,00).
Já o município de São Paulo ocupa a quarta posição no ranking, com R$ 10.575,00. E outras cidades também ostentam metros quadrados mais caros que as quatro maiores do Litoral Paulista.
Esse é o caso de Barueri (R$ 9.242,00), São Caetano do Sul (R$ 7.726,00), São José dos Campos (R$ 7.317,00), Osasco (R$ 7.163,00) e Santo André (R$ 6.709,00).
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