Cotidiano

Cidade mais rica do interior de SP tem melhor tratamento de esgoto e água do país

O levantamento destacou o município paulista como referência nacional em abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto

Ana Clara Durazzo

Publicado em 15/07/2025 às 08:40

Atualizado em 15/07/2025 às 09:48

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Campinas é reconhecida por sua alta qualidade de vida, destacando-se em rankings nacionais e internacionais / Carlos Bassan/Wikipedia

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Campinas (SP) conquistou o primeiro lugar no Ranking do Saneamento 2025, divulgado nesta terça-feira (14) pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados.

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O levantamento, que avaliou os dados de 2023 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (Sinisa), destacou o município paulista como referência nacional em abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.

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Campinas já havia sido eleita uma das mais organizadas do país, segundo ranking publicado pela Editora Perfil.

Além de Campinas, Limeira (SP) e Niterói (RJ) completam o topo da lista, que analisa os 100 municípios mais populosos do país. O ranking chega às vésperas da COP-30, conferência climática que ocorrerá em novembro no Pará, estado que, apesar da visibilidade internacional, tem três cidades entre os piores índices: Santarém (última colocada), Belém e Ananindeua.

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De acordo com o Instituto Trata Brasil, a liderança de Campinas reflete anos de investimentos contínuos em infraestrutura de saneamento, gestão eficiente dos serviços e políticas públicas voltadas à universalização do acesso.

“É um exemplo de que planejamento e compromisso com o saneamento básico geram resultados concretos para a população”, afirma Luana Pretto, presidente executiva do instituto.

Destaques da cidade

Campinas é reconhecida por sua alta qualidade de vida, destacando-se em rankings nacionais e internacionais, especialmente no que diz respeito à saúde, educação, saneamento e infraestrutura.

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A cidade, que é um importante polo tecnológico e econômico do interior de São Paulo, oferece um ambiente propício para moradia, com um bom equilíbrio entre tranquilidade e opções de lazer. 

Além disso, também oferece um bom padrão de vida, com infraestrutura moderna, opções de lazer e cultura, além de um mercado de trabalho diversificado. 

A região também é um dos principais polos industriais do país e ostenta o título de terceiro maior parque industrial do Brasil. 

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A cidade abriga mais de 50 mil empresas, incluindo multinacionais de destaque, o que reforça sua relevância no cenário econômico nacional e internacional.

Entre essas empresas, 50 estão entre as 500 maiores do mundo, atraídas pela infraestrutura e potencial de negócios da região.

Indicadores mais precisos

O estudo também apontou uma leve queda nos indicadores médios nacionais em relação ao ano anterior — reflexo da atualização nos dados populacionais com base no Censo 2022.

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Com o novo cálculo, as médias das cidades analisadas passaram de 94,92% para 93,91% em abastecimento de água, de 77,81% para 77,19% em coleta de esgoto, e de 65,55% para 65,11% em tratamento de esgoto.

Segundo os pesquisadores, os novos números não indicam retrocesso, mas sim uma medição mais precisa da realidade.

Desigualdade regional

Ainda assim, o ranking evidencia profundas desigualdades regionais. A região Norte concentra os piores índices de saneamento, com nove cidades da Amazônia Legal entre as 20 últimas colocadas.

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Entre elas estão, além das paraenses, Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Macapá (AP), Várzea Grande (MT) e São Luís (MA). O Nordeste também aparece com sete cidades na parte inferior do levantamento, e o estado do Rio de Janeiro com outras quatro.

Enquanto isso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás dominam as primeiras posições, demonstrando que o acesso ao saneamento de qualidade ainda é um privilégio de determinadas regiões.

O levantamento, realizado anualmente desde 2009, revela que 16,9% da população brasileira ainda não têm acesso à água potável, e 44,8% vivem sem coleta de esgoto.

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A falta desses serviços essenciais impacta diretamente a saúde, a economia, o meio ambiente e o desenvolvimento social do país.

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