Cotidiano

Cidade do litoral paulista era atração nacional por suas casas de banho; relembre

Quando as casas de banho eram o coração social de uma cidade do litoral de SP

Nathalia Alves

Publicado em 25/11/2025 às 15:15

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O passado das casas de banho que reuniam moradores e turistas no litoral de SP / Reprodução

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Tomar banho diariamente é um hábito comum para os brasileiros hoje, mas nem sempre foi assim. Antes do século XIX, o acesso a água tratada e espaços adequados para higiene pessoal era bastante limitado, e o banho era considerado um luxo, acessível a poucas pessoas.

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Na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, esse cenário começou a mudar com o surgimento das casas de banho. A primeira casa de banho registrada na cidade foi a “Ao Cisne Santista”, criada por volta de 1860, na Praça dos Andradas nº 25.

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O local não só oferecia um espaço para banhos, mas também se tornou um ponto de encontro da sociedade santista, evoluindo ao longo dos anos. 

O estabelecimento, além dos banhos, passou a oferecer entretenimento, como mesas de bilhar e jogos de bolas. Mais tarde, a “Ao Cisne Santista” inovou, sendo o primeiro local a vender sorvete na cidade, tornando-se um marco de modernidade e lazer.

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A segunda casa de banho surgiu em 1876, na Rua Antonina nº 7, no que hoje corresponde ao trecho da Rua 15 de Novembro, entre as ruas Frei Gaspar e Comércio. Com capacidade para fornecer até 20 banhos diários, o local também conquistou uma clientela fiel, que frequentava o espaço em busca de higiene e relaxamento em uma época em que o banho era uma experiência rara e valorizada.

Ambas as casas de banho tiveram grande popularidade na época, funcionando como verdadeiros centros de convívio social e oferecendo serviços que, para a maior parte da população, eram uma novidade. 

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No entanto, com o avanço das tecnologias de saneamento e o crescimento das cidades, essas casas de banho foram perdendo espaço à medida que o acesso à água potável se tornou mais amplo e o banho mais acessível.

As casas de banho de Santos representam um capítulo importante da história da cidade e do Brasil, mostrando como as transformações no saneamento e nas práticas de higiene impactaram a vida urbana e os costumes da época.
 

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