26 de Abril de 2024 • 06:13
Advogado tem medo que gasolina tenha contaminado solo e potenciais focos de incêndios surjam / Divulgação
Moradores, comerciantes e profissionais liberais do Centro de Guarujá voltaram a denunciar a obra no terreno de um antigo posto de combustível, entre o McDonald's e o Subway, na Avenida Puglisi, na Vila Maia. O cheiro de combustível estaria muito forte, causando mal-estar nas pessoas que estão nas imediações.
Isso porque, ao preparar as fundações de um possível novo imóvel a ser construído, um dos tanques que se encontra no subsolo do terreno teria sido perfurado, permitindo a saída do resto de gasolina que estaria ainda no compartimento de armazenamento.
DISCUSSÃO.
Muitas pessoas ligaram para a Redação e, às 14 horas, o advogado Fernando Tadeu Gracia acabou tendo uma discussão com o proprietário do imóvel. Ele acionou a Ouvidoria, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. Também revelou que o secretário de Meio Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha, esteve no local. Gracia vai acionar o Ministério Público (MP), por acreditar que o manejo do solo seria um procedimento inseguro para toda a região do Centro.
"O cheiro de gasolina está atingindo uma imensa área comercial e habitacional. Não dá para suportar. Arde os olhos. Até dentro do banco o cheiro incomoda. Sem contar que temos restaurantes e lanchonetes nas imediações. Tem gente passando mal. Será que o gás não está contaminando os alimentos, via ares-condicionados, pois a cozinha do McDonald's fica colado ao terreno?", indaga.
NOITE.
A Delegacia Sede fica próxima do local. O posto de combustível existe há pelo menos 50 anos e não se sabe se os tanques receberam qualquer tipo de manutenção preventiva durante o período que ficaram inativos.
"Vira e mexe, o solo é manipulado por máquinas e o combustível se mistura à terra. Não há vigilância à noite para garantir a segurança das pessoas que circulam nos arredores. Alguém joga um cigarro e vai tudo pelos ares. O McDonald's fica colado ao terreno. É preciso isolar a área", informa Fernando Gracia, que diz acreditar que o lençol freático possa ter sido atingido.
PREFEITURA.
A Prefeitura de Guarujá informa que técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e o Corpo de Bombeiros se dirigiram ao local na tarde de terça-feira (13), em apoio à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) - órgão fiscalizador responsável pelo controle ambiental de áreas consideradas como "contaminadas". De acordo com a Cetesb, não há necessidade de paralisação das atividades.
Não é a primeira vez que a situação é denunciada e chega à Reportagem do Diário. No ano passado, a Prefeitura garantiu que a obra foi aprovada junto às secretarias pertinentes.
Também informou que a obra é fruto de uma ação judicial, em conjunto com a Cetesb, contra o antigo proprietário do posto com a obrigação de fazer a troca de solo. Portanto, a obra executada no local atende a uma exigência da Justiça ao proprietário do imóvel em que antes existia o posto de combustível.
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