Cotidiano

Chá popular pode ser aliado no combate ao Alzheimer, indicam cientistas

A pesquisa, publicada neste mês na revista GeroScience, analisou a ação de antioxidante presente no chá-verde sobre neurônios envelhecidos em laboratório

Ana Clara Durazzo

Publicado em 01/09/2025 às 09:00

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Apesar dos resultados promissores, os cientistas ressaltam que os testes foram realizados apenas em neurônios cultivados em placa, e não em pacientes / Freepik

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Um novo estudo da Universidade da Califórnia trouxe esperança para o combate ao Alzheimer ao identificar dois compostos naturais capazes de proteger o cérebro contra os danos causados pela doença. A pesquisa, publicada neste mês na revista GeroScience, analisou a ação da nicotinamida (forma de vitamina B3) e do galato de epigalocatequina (antioxidante presente no chá-verde) sobre neurônios envelhecidos em laboratório.

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Como funciona a descoberta

De acordo com os pesquisadores, a combinação desses compostos ajudou as células cerebrais a restabelecer os níveis de trifosfato de guanosina (GTP), molécula essencial para a produção de energia. Com esse reforço, os neurônios conseguiram reverter danos do envelhecimento e aumentar a capacidade de eliminar agregados de proteína amiloide, considerados uma das principais marcas da doença de Alzheimer.

'À medida que as pessoas envelhecem, seus cérebros apresentam um declínio nos níveis de energia neuronal, o que limita a capacidade de remover proteínas indesejadas e componentes danificados', explicou o autor principal do estudo, Gregory Brewer, em declaração à universidade. 'Descobrimos que restaurar os níveis de energia ajuda os neurônios a recuperar essa função crítica de limpeza'.

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Potencial para novos tratamentos

Segundo Brewer, a descoberta pode abrir caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos de base natural para retardar o declínio cognitivo. 'Ao suplementar os sistemas energéticos do cérebro com compostos já disponíveis como suplementos alimentares, podemos abrir um novo caminho para o tratamento do declínio cognitivo relacionado à idade e da doença de Alzheimer', afirmou.

Limitações e próximos passos

Apesar dos resultados promissores, os cientistas ressaltam que os testes foram realizados apenas em neurônios cultivados em placa, e não em pacientes. Ainda não se sabe se a ingestão oral da vitamina B3 e do antioxidante do chá-verde teria o mesmo efeito protetor no cérebro humano.

Para os pesquisadores, novos estudos clínicos são fundamentais para avaliar a viabilidade dessa abordagem. Caso se confirme em seres humanos, a combinação desses compostos naturais pode se tornar uma alternativa segura, acessível e menos invasiva no enfrentamento da doença que afeta milhões de pessoas no mundo.

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Principais tópicos da descoberta

Estudo da Universidade da Califórnia identificou dois compostos naturais com potencial protetor contra o Alzheimer:

Nicotinamida (vitamina B3)

Galato de epigalocatequina (antioxidante do chá-verde)

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Mecanismo da descoberta:

Compostos restauraram os níveis de trifosfato de guanosina (GTP), essencial para energia celular.

Neurônios envelhecidos em laboratório conseguiram reverter danos e eliminar proteínas amiloides ligadas ao Alzheimer.

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Declaração do autor Gregory Brewer:

O envelhecimento reduz a energia neuronal, prejudicando a capacidade de limpeza das células.

Restaurar a energia ajuda a recuperar essa função essencial.

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Potencial terapêutico:

Compostos já existem como suplementos alimentares.

Podem abrir caminho para tratamentos naturais contra o declínio cognitivo e o Alzheimer.

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Limitações do estudo:

Testes feitos apenas em neurônios cultivados em laboratório.

Ainda não se sabe se a ingestão oral terá o mesmo efeito em humanos.

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Próximos passos:

Necessidade de novos estudos clínicos em pessoas.

Se confirmada, a abordagem pode se tornar uma alternativa segura, acessível e menos invasiva contra a doença.

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