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Cotidiano

Cerca de R$ 10 mil serão gastos para reconstruir muretas destruídas pela ressaca

Prefeitura de Santos afirma que estragos seriam maiores sem os sacos de areia

Vanessa Pimentel

Publicado em 09/07/2019 às 07:00

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Um dos pontos mais atingidos foi novamente a Ponta da Praia / Nair Bueno/DL

A ressaca que atingiu a Baixada Santista no último final de semana trouxe prejuízo para cidades como Santos, Praia Grande e Mongaguá. Um dos pontos mais atingidos foi novamente a Ponta da Praia, que perdeu 25 metros de mureta com a força das ondas.

De acordo com a prefeitura de Santos, a reconstrução dos trechos que caíram começa ainda nesta semana, com mão de obra e materiais próprios, em valor estimado de R$ 10 mil. Até o próximo fim da semana as muretas já devem estar no lugar. Não foram identificados outros danos no bairro.

Há anos, a cidade tem investido em obras para tentar amenizar o impacto das ressacas e da alta da maré. Um desses investimentos foi a implantação dos bags - sacos de areia submersos instalados há pouco mais de um ano, na Ponta da Praia, com objetivo de conter a força das ondas. O custo dessa obra foi de R$ 2,9 milhões, repassados ao município pelo Ministério Público Estadual, como resultado de uma multa ambiental aplicada por um acidente no Porto de Santos, não detalhado pela assessoria.

Porém, após os estragos desta ressaca, munícipes reclamaram nas redes sociais e levantaram dúvidas sobre a efetividade do projeto. No entanto, a prefeitura afirmou que Santos registrou um pico de maré de 2,48 metros, medição nunca antes vista na cidade, e que a combinação das ondas e ventos poderiam ter causado estragos ainda maiores, não fossem os sacos de areia submersos.

O projeto

A barreira submersa com 49 bags foi colocada em formato de L. A estrutura perpendicular à praia, de 275 metros e instalada a partir da mureta na altura da Rua Afonso Celso de Paula Lima, tem a função de diminuir a energia das ondas. Já a estrutura paralela à praia, de 240 metros de extensão, tem o objetivo de ajudar a armazenar areia.

"Tivemos uma ressaca severa, um fenômeno muito intenso. A velocidade dos ventos chegou a 97 km/h. Felizmente, os danos não foram tão severos como os registrados em 2016", explicou Daniel Onias, coordenador da Defesa Civil de Santos.

O prefeito Paulo Alexandre Barbosa também foi conferir os efeitos da ressaca. "A elevação do nível do mar é um fenômeno mundial e temos que preparar a cidade para esta situação. Em 2016, tivemos uma grande ressaca, a água entrou em diversos imóveis, pedras foram lançadas na via, que precisou ficar interditada por uma semana. E naquele ano o pico da maré foi de 2,3 metros, menor que o observado neste fim de semana. Os bags instalados no ano passado produziram resultados e, por fazerem parte de um projeto-piloto, os resultados de sua instalação serão monitorados pelos próximos 4 anos ainda".

Questionada sobre o monitoramento, a assessoria da prefeitura informou que será licitado neste semestre um mergulho com objetivo de verificar se houve desgaste do material e a posição dos 49 sacos em meio a força das marés.

Outras cidades

Em Praia Grande, a alta da maré na noite de sábado (6) alagou pontos na entrada e saída da cidade. Já em Mongaguá, o mar invadiu a Avenida da praia, na altura do Jardim São Paulo.

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