Cotidiano

Celular proibido até no recreio? Escolas endurecem regras de disciplina para 2026

Mudança marca o encerramento de normas flexíveis e traz critérios mais rígidos para reprovação, uso de celulares e carga horária

Luna Almeida

Publicado em 24/12/2025 às 23:30

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As escolas passam a ter total respaldo para aplicar interpretações mais severas das normas educacionais / Roberto Sungi/Agência SP

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O ano letivo de 2026 deve consolidar uma transformação profunda na educação básica, com o endurecimento de regras de disciplina, avaliação e organização escolar. Redes públicas e privadas preparam-se para encerrar o ciclo de normas transitórias estabelecidas durante a pandemia da Covid-19, que visavam garantir a permanência dos alunos em um cenário de crise. 

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Com a extinção dessas diretrizes, a prioridade das instituições de ensino agora se desloca para o rigor no desempenho acadêmico e no comportamento dentro do ambiente escolar.

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A transição encerra o período de flexibilização em critérios de faltas e na progressão de série, pondo fim ao modelo que muitos associavam à aprovação automática. 

A partir de 2026, as escolas passam a ter total respaldo para aplicar interpretações mais severas das normas educacionais, exigindo que o estudante de fato atinja o desempenho esperado para avançar em sua trajetória escolar.

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O retorno da reprovação e o Novo Ensino Médio

Uma das alterações mais impactantes envolve o fim da progressão continuada para alunos com defasagens graves. 

A orientação atual é que estudantes com rendimento insuficiente em disciplinas fundamentais, como Língua Portuguesa e Matemática, não sejam promovidos sem uma recuperação profunda. 

Além disso, a implementação obrigatória do Novo Ensino Médio em 2026 ampliará a carga horária da formação básica, reforçando o tempo dedicado às matérias centrais da grade curricular.

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Restrição a celulares

A rotina fora da sala de aula também será afetada por um controle mais rígido dos dispositivos móveis. 

Diretrizes aprovadas nos últimos anos passam a ser aplicadas com rigor, estendendo a proibição do uso de celulares para corredores, recreios e intervalos em diversas redes de ensino. O objetivo é assegurar o foco pedagógico e a interação social direta entre os jovens.

Mudanças no calendário

Estruturalmente, o calendário escolar deve passar por ajustes significativos:

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Trimestres: O modelo bimestral tende a ser substituído pelo trimestral, permitindo períodos mais longos de avaliação e foco em recuperação contínua.

Atividades aos Sábados: Algumas redes estudam tornar obrigatórias atividades aos sábados, incluindo oficinas e reuniões de orientação para aproximar as famílias da escola.

Frequência e Responsabilidade: Haverá um aumento na cobrança por presença e cumprimento estrito das normas internas, exigindo maior vigilância dos pais e responsáveis.

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Especialistas reforçam que, embora o aumento das exigências busque elevar o nível de aprendizagem, as escolas devem oferecer apoio pedagógico sólido para evitar que o rigor resulte em evasão escolar. Em 2026, o sistema educacional brasileiro entra em uma fase de maior responsabilidade e critérios claros de avaliação.

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