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Vestida como a personagem Pedrita, dos Flintstones, a pequena Eduarda não parava um só minuto. A Praça Euclides Figueiredo, no Jardim Costa e Silva, foi o salão da matinê carnavalesca da menina, de apenas quatro anos. Foi a vó, Dulce, quem trouxe a garota. “Ela me ligou chorando, dizendo que queria pular Carnaval. Viemos todos os dias”, disse Dulce Lacerda, que aproveitou para cair no samba ao som da Banda Carnagueto. A criançada também pôde se divertir com as danças africanas do Grupo Ganga Zumba e mostrar todo samba no pé no ritmo da Bateria Pulso Forte, formada por ritmistas da agremiação Unidos do Morro.
Na Praça da Cidadania, na Vila São José, adultos e crianças pularam muito ao som contagiante da Bateria Sangue Azul, da Escola de Samba Nações Unidas. Nem a chuva estragou a diversão. Que o diga Juan, de 7 anos. Mesmo ensopado, fez questão de brincar o Carnaval na Praça. Ficou encantado com a Rainha do Carnaval e as Princesas, que, mais uma vez, percorreram os sete bairros em que acontecem os shows musicais.
Manoela, quatro anos, também passou a tarde desta segunda-feira (11) na Praça da Cidadania. Ao lado das amigas e primas, curtiu o samba e o banho de espuma, patrocinado pela mãe. “Decidi trazer minha filha porque acho muito bom esse Carnaval em família. Lembro que minha mãe sempre levava a gente aos clubes e eu adorava dançar as marchinhas e os temas das Escolas de Samba. Quero que a Manoela viva isso, também”, comentou Patrícia Gomes, dona de casa que acompanhou, ainda, a apresentação da Turma da Folia.
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Crianças fantasiadas e as batalhas de confete e serpentina deram o tom das matinês carnavalescas em Cubatão. O comentário entre os mais vividos era unânime: muitas saudades dos tempos em que se brincava Carnaval nos clubes e na rua. E de acordo com Welington Borges, secretário de Cultura, um dos objetivos do “Carnaval nos Bairros” é justamente esse: “Hoje a Região não há mais os tradicionais clubes que abrigavam as tardes de folia e os bailes de Carnaval. Esse projeto oferece música de qualidade, com artistas de Cubatão, e a oportunidade de todos – crianças, pais, jovens e terceira idade – poderem aproveitar a festa mais popular do Brasil em sua essência”.
A alegria da ala infantil que contagiou os adultos se repetiu também no bairro da Vila Nova, onde a Cia Agita Brasil e a Banda Natividade animaram a Praça Frei Damião. Nem a garoa espantou os foliões mais comprometidos. O mesmo aconteceu na Ilha Caraguatá, onde a Bateria Explosão (Escola de Samba Independência) e a Banda Apocalipse arrastaram muitos moradores. Já na entrada da Vila dos Pescadores, o destaque musical ficou por conta da Bateria Pura Emoção e da Banda Versáteis Samba Show. Na Fabril, o agito foi da Bateria Pulso Forte e da Banda Metrópolis, que trouxe o melhor do axé music e marchinhas carnavalescas.
Clima de baile carnavalesco
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Anoiteceu e o Carnaval nos Bairros continuou, atraindo não apenas o público adulto. Érica Santos levou as duas filhas, Ana Luiza (7 anos) e Maria Clara (3 anos), vestidas de fada e borboleta, para brincarem o Carnaval na Praça da Independência, no Jardim Casqueiro. “Eu sempre ia aos bailes nos clubes aqui em Cubatão e em Santos. Sinto muita falta desse tempo. Acho ótima essa iniciativa da Prefeitura. Não podemos deixar o carnaval de rua morrer”, afirmou.
Em frente ao palco montado na Praça, muita gente se contagiou com as canções carnavalescas da Bateria Explosão e, depois, da Banda Mole. Não era difícil ver um grupo aqui ou acolá dançar com as mãos dadas. “Estou adorando as bandas que vêm aqui. Tenho participado desde o sábado com minha esposa. Parece mesmo um grande salão de baile”, afirmou Seu Cláudio Vilela, morador da Ponte Nova, feliz da vida, abraçando a companheira de muitos carnavais.
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