CAPS de Santos está passando por reformas atualmente e poderá mudar de endereço no futuro. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL
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A situação de abandono do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) tem sido motivo de reclamações de usuários do sistema de saúde e de debates na Câmara Municipal de Santos. O equipamento, localizado na Rua Silva Jardim, não é 24 horas e nem tem leito de internação.
Em setembro, um conselheiro de saúde, que preferiu não se identificar, deu uma entrevista com exclusividade ao Diário do Litoral alertando para a situação. Segundo ele revelou, cerca de mil pacientes assistidos mensalmente nas 10 unidades de saúde mental de Santos estão sendo negligenciados por conta da falta de funcionários, estrutura de trabalho e por imóveis precários.
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O CAPS-AD não é 24 horas e nem tem leito de internação. Segundo o conselheiro, o prédio está embargado pela Vigilância Sanitária e a farmácia local está fechada. Neste mês, o vereador Fabrício Cardoso realizou visitas ao equipamento e emitiu um comunicado demonstrando preocupação com as pessoas que necessitam utilizar os serviços do imóvel e funcionários. Ele também solicitou estudos para que o CAPS seja transferido para outro imóvel.
"No documento apresentado questionei se há estudos para que esse CAPS seja transferido, em caráter de urgência, para outro imóvel, tendo em vista que, atualmente, são gastos R$ 7.259,50 por mês de aluguel numa casa que não possui condições. Esse equipamento possui problemas que vão desde a falta de zeladoria, até o fechamento da farmácia e da enfermaria pela ANVISA devido às condições insalubres. Essa solicitação foi feita para que os funcionários tenham condições de atender os pacientes da melhor maneira possível, o que hoje é impossível", afirmou.
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Em entrevista concedida ao Diário do Litoral nesta sexta-feira (22), Devanir Paz, chefe do Departamento de Atenção Especializada da Prefeitura de Santos afirmou que uma reforma no atual imóvel começou a ser realizada no mesmo dia.
"Estão sendo feitos serviços de reforma na parte estrutural, o que inclui reparos na farmácia, de telhado, forração, parte elétrica, enfermaria. Em todos esses ambientes vão ser revistas as questões de telhado, forro, questões elétricas, reboco de parede, pintura e hidráulica", afirma Devanir.
Segundo o profissional, o prazo para que as obras sejam finalizadas é de 30 dias inicialmente, mas ele afirma que as intervenções podem durar mais tempo caso o clima não colabore e a região seja atingida por chuvas.
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Paralelo a isso, ele afirma que a prefeitura trabalha para levar o CAPS AD para outro imóvel. Inicialmente, Devanir explica que existiam três imóveis em vista que poderiam passar a abrigar o equipamento e que a decisão, atualmente, se resume a dois endereços que estão sendo estudados atualmente por equipes da prefeitura.
"A gente tem que ir para outro lugar? Sim, e vamos. Tínhamos até 15 dias atrás, três possibilidades e essas três se transformaram em duas. Só que para isso preciso de avaliação técnica dos locais, interesse dos proprietários e planejar essa mudança. Temos dois horizontes, um é um imóvel na Bernardino de Campos e o outro possível imóvel é uma parte da Sociedade São Vicente de Paulo, que tem interesse em disponibilizar para o município".
Apesar disso, ainda não há um prazo para que a mudança ocorra.
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