14 de Outubro de 2024 • 05:37
Cotidiano
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, visitou a Ucrânia em março e junho de 2014 e, em setembro do mesmo ano, recebeu a visita do presidente ucraniano Petro Poroshenko
Um ano depois da anexação da Crimeia pela Rússia, o Canadá reafirmou sua posição de não reconhecer o referendo que, para os russos, legalizou o processo.
Em nota oficial e pelo Twitter, o Ministério de Relações Exteriores do país informou ontem (16) que “o Canadá nunca reconhecerá a anexação ilegal da Crimeia e continua a exortar o regime [de Vladimir] Putin a pôr um fim em sua campanha de desestabilização, a se retirar inteiramente da Ucrânia e a respeitar sua soberania e sua integridade territorial”, segundo o ministro Rob Nicholson, que assina a declaração.
Segundo o ministério, o Canadá tem apoiado a Ucrânia com o fornecimento de equipamento não letal ao governo e ajuda humanitária ao povo daquele país e também adotou “severas sanções” contra a Rússia, econômicas e políticas.
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, visitou a Ucrânia em março e junho de 2014 e, em setembro do mesmo ano, recebeu a visita do presidente ucraniano Petro Poroshenko. Na ocasião, foi anunciado um empréstimo de US$ 200 milhões para a Ucrânia, a juros baixos. Em janeiro deste ano, o Canadá anunciou um segundo empréstimo no mesmo valor, totalizando US$ 400 milhões de dólares para ajudar na recuperação do país euro-asiático.
Em fevereiro do ano passado, milhares de ucranianos foram às ruas pedir um acordo econômico do país com a União Europeia. As manifestações populares levaram à queda do então presidente Viktor Yanukovitch e a tensões com ucranianos alinhados com a Rússia, que se opunha à aproximação da ex-república soviética à UE.
A situação levou à guerra entre ucranianos e separatistas pró-russos, que culminou com a anexação da Crimeia, península ao sul da Ucrânia, pela Rússia. Em 16 de março de 2014, 97% dos moradores da região aprovaram a reintegração à Federação Russa. Os conflitos entre ucranianos e separatistas já provocaram mais de 6 mil mortes.
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