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Cotidiano

Câmara acolhe veto da Prefeitura e recusa redução da tarifa de ônibus em Santos

Uma das justificativas do prefeito para vetar a proposta é que já existe um decreto que permite que se cobre apenas 50% da tarifa todos os domingos

Da Reportagem

Publicado em 06/02/2019 às 09:30

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O projeto que pretendia conceder redução de 50% da tarifa do transporte público coletivo, todo último domingo de cada mês / Nair Bueno/DL

A maioria dos vereadores de Santos acolheu o veto do Governo e rejeitou o projeto que pretendia conceder redução de 50% da tarifa do transporte público coletivo, todo último domingo de cada mês. A proposta era do vereador Fabiano Reis, o Fabiano da Farmácia (PR).

Uma das justificativas do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) para vetar totalmente a proposta é que já existe um decreto que permite que se cobre apenas 50% da tarifa todos os domingos, mas apenas para as pessoas que usam o Cartão Transporte, ou seja, os que têm condições de comprar os créditos antecipadamente via cartão.  

Além do autor do projeto, votaram contra o Executivo Fabrício Cardoso (PSB), Chico Nogueira e Telma de Souza (PT). Os demais disseram sim ao veto. Adilson Júnior (PTB), novo líder o Governo, enfatizou que o contrato entre a concessionária a Prefeitura não pode ser quebrado. Manoel Constantino (PSDB) alertou que a proposta poderia gerar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) caso se tornasse lei.

Vale ressaltar que a elevação das tarifas tem ficado sempre acima da inflação. Foi o caso da última majoração. O vereador Fabrício Cardoso enfatizou que o tipo de planilha que fundamenta os aumentos das passagens é ultrapassada e pouco transparente. Reis e Telma revelaram que as alterações no preço não passam pela Câmara.

Telma chegou a apresentar, em 2017, um projeto que determinava audiências públicas cada vez que fosse anunciado aumento de tarifas para detalhar antecipadamente qualquer aumento de tarifa na Cidade. A proposta não prosperou na Casa.

Não só os vereadores, mas boa parcela da população, principalmente por intermédio das redes sociais, criticam que o transporte público em Santos ainda não conta, em sua totalidade, com ares-condicionados e acesso à Internet, como propaga a Administração.

Vale lembrar que, diferentes dos bairros de Santos, os moradores dos morros Santa Maria, Vila Progresso e Cruzeiro são obrigados a pagar reajuste em dobro – R$ 0,50.  A passagem foi reajustada em R$ 0,25 no último dia 13.  Custava 4,05 e passou a custar  R$ 4,30. O vereador Lincoln Reis (PR) está cobrando a integração.

“Ocorre que os cidadãos que moram nesses três morros tem que utilizar duas conduções, ônibus e vans, sendo o primeiro para levá-los no pé do morro e o segundo para suas residências, gastando R$ 8,60 para ir trabalhar e o mesmo valor para voltar para casa”, disse na ocasião o parlamentar. A Prefeitura estuda a integração.

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