Neste ano, marcas como Melissa, Pingo Preto e Oficial também foram proibidas / Pixabay
Continua depois da publicidade
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização do Café Câmara após identificar graves irregularidades. Além de falsificar o selo de pureza da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o produto apresentou fragmentos semelhantes a vidro no lote 160229, segundo análise realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen/RJ).
A empresa responsável pela fabricação, Sacipan, não integra a Abic desde 2016 e já havia sido notificada por uso indevido da certificação.
Continua depois da publicidade
A embalagem também indicava parceria com a Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda, ambas consideradas irregulares pela Anvisa.
Criado em 1989, o selo da Abic é referência de qualidade e garante que o café seja 100% feito de grãos. Em 2022, o Ministério da Agricultura atualizou as normas, determinando limite máximo de 1% de impurezas em cada pacote.
Continua depois da publicidade
A falsificação da certificação coloca em risco a credibilidade do processo e expõe consumidores a produtos de origem desconhecida.
A última avaliação feita pela Abic, em fevereiro de 2024, já havia indicado que o Café Câmara estava fora dos padrões de pureza exigidos.
O episódio não é isolado. Neste ano, marcas como Melissa, Pingo Preto e Oficial também foram proibidas por apresentarem impurezas e ausência de café em sua composição.
Continua depois da publicidade
Segundo o Ministério da Agricultura, esses produtos utilizavam restos da lavoura no lugar de grãos adequados, prática considerada fraude alimentar.
Atualmente, o processo de certificação da Abic passa por quatro etapas: