25 de Abril de 2024 • 18:39
O destino da Cadeia Velha é debatido por gestores e artistas desde 2012, quando o imóvel centenário precisou ser fechado para reforma pela Secretaria de Cultura do Estado / Rodrigo Montaldi/DL
Fim da novela e vitória da classe artística. O secretário de Cultura do Estado de São Paulo, José Luiz Penna, esteve ontem em Santos para anunciar oficialmente a notícia publicada em primeira mão no Diário do Litoral: a Cadeia Velha sediará novamente as Oficinas Culturais Pagu e seguirá como palco de disseminação da cultura e agitação cultural no coração do centro de Santos.
“A crise acabou. Viemos até aqui para dizer que escutamos os anseios da classe artística e também nos sensibilizamos com o pedido da Comissão de Vereadores e que muito em breve as oficinas culturais retornarão para a Cadeia Velha, que é morada de todas as expressões culturais da Baixada Santista”, contou Penna.
De acordo com ele, o Estado assinará na próxima semana um convênio com a Prefeitura de Santos no valor de R$ 214.656,00 e que prevê a realização de 86 atividades artísticas até o final de 2017. A gestão das modalidades culturais será definida pela Administração municipal.
“O Estado deve garantir que lugares de memória sejam mantidos como tal e tenham suas características preservadas e continuadas. A Cadeia Velha é e sempre será palco de manifestações independentes, de vanguarda. Por isso o projeto de uso do imóvel foi revisto e queremos que muitas gerações usufruam desse espaço com clara vocação artística e que faz parte da história da cultura santista”, contou o secretário, elogiando a luta da classe artística da região. “É próprio do artista. Quem entende a necessidade da arte e quem vive com ela, se posiciona. Foi uma reivindicação justa e esperamos que com isso eles estejam plenamente atendidos”.
Projeto Guri
A outra boa notícia, também antecipada pelo Diário, é que a Zona Noroeste voltará a abrigar um dos polos do projeto de iniciação musical no segundo semestre.
“Atendemos a uma demanda da população santista e o projeto passará por uma inédita ampliação na cidade. Isso resultará em uma maior oferta de vagas de cursos para crianças e adolescentes”, afirmou o secretário.
Por telefone, a cuidadora Roseane Pinheiro comemorou a notícia. Em fevereiro, ela e outras mães de crianças da Zona Noroeste começaram um movimento pedindo a manutenção das oficinas na região. Sem dinheiro para a condução até a nova sede, sua filha Mirela deixou de frequentar a oficina.
“Estou muito feliz. Eu ainda tentei matricular ela em outros projetos na escola, mas a paixão dela é mesmo o violino. Ela estava muito triste com essa mudança. Poucas crianças migraram para a Cadeia Velha. Será maravilhoso ter novamente o polo aqui, pois é uma opção saudável para nossos filhos”, afirmou.
Agem
Responsável pela integração e planejamento de políticas públicas de interesse comum aos nove municípios da região, a AGEM pretende intensificar as ações culturais regionais quando iniciar as atividades na nova sede, que ocupará o primeiro andar da Cadeia Velha. Essa transferência está inserida em uma política de contenção de despesas que visa adequar a administração pública estadual para o enfrentamento da crise econômica.
O compartilhamento da gestão e dos custos de manutenção do edifício, portanto, ocorrem entre a própria AGEM, a Secretaria da Cultura do Estado e a Secretaria Municipal de Cultura, por meio de convênio entre as pastas.
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