A artista francesa foi submetida a uma cirurgia às pressas / Reprodução/BFM TV
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Brigitte Bardot, de 91 anos, foi internada às pressas em um hospital de Toulon, no sul da França, após ser diagnosticada com uma “doença grave”, segundo informações divulgadas pela imprensa francesa nesta sexta-feira (17). Ícone do cinema e símbolo da cultura francesa do século 20, a atriz passou por uma cirurgia e permanece sob observação médica.
De acordo com o Daily Mail, Bardot foi hospitalizada há cerca de três semanas, mas seu quadro clínico não foi detalhado. Fontes próximas relataram que ela estava em sua casa, em Saint-Tropez, quando precisou ser transferida com urgência para o hospital.
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Os médicos responsáveis pelo tratamento afirmaram que a atriz “está se recuperando bem”, embora continue sob acompanhamento nas próximas semanas. Amigos e representantes da artista não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.
Nascida em Paris em 28 de setembro de 1934, Brigitte Anne-Marie Bardot iniciou sua carreira como bailarina, formada pelo Conservatório Nacional de Música e Dança. Aos 15 anos, começou a trabalhar como modelo e logo se tornou presença constante em revistas como Elle.
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Sua estreia no cinema ocorreu em 1952, com "A Garota do Biquíni", mas foi o filme "E Deus Criou a Mulher" (1956), dirigido por seu então marido Roger Vadim, que a projetou ao estrelato internacional. A obra, considerada ousada para a época, chegou a ser censurada em Hollywood, o que apenas aumentou sua fama.
Conhecida como “a mulher que inventou Saint-Tropez”, Bardot se tornou um símbolo da liberdade feminina e da revolução sexual dos anos 1950 e 1960. Em 1957, chegou a ser alvo de críticas da Igreja Católica: padres em Nova York pediram boicote a seus filmes, e o Vaticano a classificou como uma “má influência”. O resultado foi o oposto e seus filmes bateram recordes de bilheteria.
Bardot abandonou o cinema em 1973, aos 39 anos, e passou a se dedicar integralmente à defesa dos animais. Em 1986, criou a Fundação Brigitte Bardot, voltada à proteção e ao resgate de animais em situação de vulnerabilidade. Vegetariana convicta, ela doou somas significativas para abrigos e chegou a ameaçar se mudar para a Rússia após um zoológico francês negar tratamento a dois elefantes doentes.
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Apesar do reconhecimento por sua atuação humanitária, Bardot também acumulou controvérsias. Em 2004, foi condenada por incitação ao ódio racial em um livro e, nos últimos anos, enfrentou críticas por apoiar políticos de extrema-direita, como Marine Le Pen.
Mesmo longe das telas há mais de cinco décadas, Brigitte Bardot segue como uma das figuras mais influentes e complexas do século 20, um ícone que transcendeu o cinema para se tornar símbolo de rebeldia, beleza e contradição.