Cotidiano

Brasileiros não acreditam que natureza está sendo protegida como deveria

Questionados sobre as maiores ameaças ao meio ambiente, o desmatamento foi citado como o mais perigoso com 27% das menções

Vanessa Pimentel

Publicado em 05/09/2018 às 10:50

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Brasileiros não acreditam que natureza está sendo protegida como deveria / Rodrigo Montaldi/DL

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Uma pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência, encomendada pelo WWF-Brasil (organização não governamental dedicada à conservação do meio ambiente) questionou o que o brasileiro pensa sobre as unidades de conservação e os cuidados com o meio ambiente. O resultado revelou que a população tem valorizado mais a natureza e quer estar cada vez mais perto dela, mas a maioria acredita que nem os cidadãos nem o poder público cuidam dos recursos naturais como deveriam. 

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De acordo com o estudo, 91% dos entrevistados afirmaram que a natureza não está sendo protegida de forma adequada. Questionados sobre as maiores ameaças ao meio ambiente, o desmatamento foi citado como o mais perigoso com 27% das menções. A poluição das águas em seguida com 26%. A caça e a pesca ilegais, juntamente com as mudanças climáticas, ocupam o terceiro lugar com (16%). Obras de infraestrutura, como hidrelétricas, rodovias e portos tiveram 15%. 

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Em comparação com a pesquisa de 2014, saltou de 46% para 66% o número de entrevistados que atribuem aos cidadãos a responsabilidade por cuidar de parques, reservas e florestas nacionais. Porém, o governo segue como o principal responsável por essa tarefa, com 72% de citações. As ONGs aparecem em 3º lugar. 

“A pesquisa mostra que as pessoas acreditam que devem participar mais do cuidado com a natureza e se preocupam com o desmatamento, indicando que o apoio da população na defesa das áreas protegidas do país pode crescer”, afirma Mauricio Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil. 

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O estudo foi lançado neste mês para homenagear duas importantes datas: o Dia da Amazônia, hoje, e o Dia do Cerrado, em 11 de setembro - dois biomas ameaçados pelo desmatamento. 


Considerando os dados de monitoramento do Prodes 2017 divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a cada dois meses, uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro é desmatada na Amazônia (6.947 km²/ano). Já no Cerrado, a cada minuto é desmatada uma área equivalente a quase dois campos de futebol (7.408 km²/ano).

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Baixada Santista

Hailton Santos, presidente do Instituto Mar Azul (IMA) concordou com os resultados da pesquisa e afirmou que ainda se está longe de chegar a um patamar ideal quando se fala em cuidados com o meio ambiente.

Para ele, uma das questões mais urgentes na Baixada Santista é o lixo. A região enfrenta problemas quando se trata de achar um novo local para destinar os resíduos que gera, já que o Aterro Sítio das Neves só pode continuar a exercer esta função até 2020. 

Hailton diz que é preciso criar mecanismos metropolitanos para lidar com o impasse e, principalmente, realizar um trabalho intenso junto à população que vise a redução do consumo e, consequentemente, da geração de lixo.

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O descuido com as praias também foi citado. “Nas ações de recolhimento de lixo na areia que fazemos pelo instituto, notamos como as pessoas não se importam em jogar bituca de cigarro e restos de embalagens”, declara.

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