O brasileiro foi o grande vencedor do prêmio / Foto: Youtube/Reprodução
Continua depois da publicidade
O fotógrafo brasileiro Fernando Faciole conquistou o Prêmio Impacto no concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2025, comovendo jurados e o público com o registro de um filhote de tamanduá-bandeira órfão seguindo seu cuidador.
A cena retrata a relação de confiança entre humanos e animais em recuperação e chama atenção para os riscos enfrentados pela espécie nas estradas brasileiras. Veja mais na galeria abaixo:
Continua depois da publicidade
A imagem vencedora mostra um pequeno tamanduá-bandeira caminhando atrás de seu cuidador em um centro de reabilitação no Brasil. Mais do que uma fotografia bonita, ela conta uma história de resiliência e conexão entre espécies.
O registro foi escolhido pelos jurados do Museu de História Natural de Londres por representar um raro momento de confiança e superação.
Continua depois da publicidade
Fernando Faciole recebeu o Prêmio Impacto, categoria dedicada a histórias inspiradoras de conservação ambiental. A foto concorreu com milhares de imagens enviadas de todo o mundo e se destacou pela força emocional e pela narrativa clara sobre a importância da preservação.
O concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, criado em 1965, é um dos mais prestigiados do planeta. Todos os anos, profissionais e amadores retratam espécies e ecossistemas que enfrentam ameaças crescentes, ajudando a sensibilizar o público global sobre a urgência de proteger a biodiversidade.
Veja também: Cidade do Litoral de SP resgata mais de 100 animais silvestres em 2025.
Continua depois da publicidade
O filhote da foto teve a mãe morta após ser atropelada, uma das principais causas do declínio da espécie no Brasil. De acordo com especialistas, acidentes em rodovias afetam não apenas tamanduás, mas diversas espécies ameaçadas, agravando a perda de biodiversidade.
No centro de reabilitação, o jovem tamanduá recebe cuidados e aprende habilidades essenciais para sobreviver sozinho, com o objetivo de ser devolvido à natureza. A imagem, segundo os organizadores, representa essa etapa delicada: a reconstrução de um elo rompido pela ação humana.
A fotografia integra o projeto Tamanduás e Rodovias, do Instituto de Conservação de Animais Selvagens (ICAS), que trabalha para reduzir a mortalidade de animais silvestres nas estradas. A iniciativa inclui medidas práticas, como a instalação de cercas e túneis subterrâneos para travessias seguras, além de campanhas de conscientização.
Continua depois da publicidade
Veja também: Projeto pioneiro de terapias assistidas por animais inicia nova fase no Litoral de SP.
Formado em ciências biológicas, Fernando Faciole é reconhecido internacionalmente por sua dedicação à documentação de espécies ameaçadas e habitats frágeis na América Latina. Suas imagens já foram publicadas em veículos de destaque, como National Geographic e BBC Wildlife Magazine.
Com sua fotografia, ele busca ir além da estética: cada registro é também um alerta e um convite para refletir sobre o impacto das ações humanas na natureza. O fotógrafo afirma que seu objetivo é inspirar atitudes que contribuam para a preservação da vida selvagem.
Continua depois da publicidade
A cerimônia de premiação foi realizada em Londres e também consagrou o sul-africano Wim van den Heever como Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, com a imagem “Visitante da Cidade Fantasma”, e o italiano Andrea Dominizi, de 17 anos, como Jovem Fotógrafo do Ano.
As fotos premiadas serão exibidas no Museu de História Natural antes de iniciarem uma turnê internacional.
Veja outra imagem do fotógrafo que também foi premiada:
Continua depois da publicidade