X

Cotidiano

Brasil está entre os 16 países com mais casos de tuberculose

Ano passado foram registrados 67.966 casos da doença, com coeficiente de incidência de 33,5 casos por 100 mil habitantes. Em 2013, haviam sido contabilizadas 71.123 infecções.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 23/03/2015 às 13:45

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O Brasil manteve a 16º lugar no ranking de países campeões em casos de tuberculose. Ano passado foram registrados 67.966 casos da doença, com coeficiente de incidência de 33,5 casos por 100 mil habitantes. Em 2013, haviam sido contabilizadas 71.123 infecções. Em um ano, a redução de casos foi de 4,4%.

A taxa de mortalidade em 2013 foi de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes, 20,7% mais baixa do que havia sido registrado em 2003, com 2,9 mortes a cada 100 mil. Os números foram apresentados há pouco na Câmara dos Deputados, durante sessão solene pelo Dia Mundial de Combate à Doença. Com indicadores ainda considerados altos, o governo assumiu o compromisso de se reduzir em 95% os óbitos e em 90% o coeficiente de incidência da doença até 2035.

"Progredimos, mas há ainda muito o que avançar", afirmou Carlos Basile, da Parceria Brasileira contra Tuberculose. Em seu discurso, ele disse estar preocupado com a redução da vacina contra a doença em postos de saúde, identificada no último mês em razão de problemas de abastecimento. De acordo com o Ministério, a situação deverá ser regularizada até o início de abril. Semana passada, foram entregues dia 18 mil doses. Dia 31, seguem mais 522 mil e dia 2, as 410 mil doses restantes para abastecer os estoques.

Uma das estratégias consideradas essenciais para o controle do número de casos da doença é o diagnóstico rápido da infecção. Atualmente, 94 municípios e o Distrito Federal - capitais e cidades consideradas estratégicas - dispõem de teste rápido.

O Brasil está entre os 16 países com mais casos de tuberculose (Foto: Divulgação)

"Ainda consideramos a tuberculose como um grande desafio", afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O ministro observou que as taxas da doença são significativamente altas em dois grupos: população carcerária e moradores de rua.

O ministro lembrou ainda que a doença é muito desigual no País. Amazonas e Rio lideram com números de casos. "Estamos lidando com uma doença mutifatorial: condição social, de moradia e de vida são preponderantes para determinar o risco da doença", disse.

Ele afirmou que entre população indígena o risco de ter a doença é 3 vezes maior do que a população em geral. Na população de rua o risco é 47 vezes maior. "O sucesso das ações está ligado a uma aliança de vários setores da sociedade.", disse.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Polícia

Homem bate em companheira grávida e é preso em Bertioga

A denúncia foi feita pela mãe da vítima, que tem 18 anos.

Polícia

Mãe toma criança das mãos da avó e desaparece em Santos; ASSISTA

O garoto é cuidado pelo pai e pela avó, que têm a guarda compartilhada dele após uma tutela de urgência

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter