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Cotidiano

Brasil encara a perda de 400 mil vidas e histórias para a Covid-19

Número de vidas perdidas foi alcançado após um ano e um mês depois do primeiro óbito registrado no País; pandemia nunca foi tão mortal

Bruno Hoffmann

Publicado em 29/04/2021 às 14:15

Atualizado em 29/04/2021 às 17:10

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Sepultamento no cemitério da Vila Formosa, zona leste da Capital, realizado na segunda-feira (22) / Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo

O Brasil chegou nesta quinta-feira à impressionante e triste marca de 400 mil mortes por Covid-19 – mais precisamente, 400.021. O número de vidas perdidas foi alcançado após um ano e um mês depois do primeiro óbito registrado no Brasil, em 12 de março de 2020, na cidade de São Paulo.

A marca dos primeiros 100 mil óbitos no Brasil, segundo levantamento do portal "G1", foi atingida quase 5 meses - 149 dias - após a primeira pessoa morrer pela doença no País. Dos 100 mil para os 200 mil, passaram-se outros 5 meses - 152 dias. Mas para chegar aos 300 mil, foram necessários somente 76 dias, número que agora caiu quase pela metade. A pandemia nunca foi tão mortal.

No pior momento de toda a pandemia no País, morreram, apenas em abril, até agora, 78.135 brasileiros. Foram cerca de 2.700 mortes por dia, em média. Entre janeiro e abril de 2021, a Covid-19 matou mais de 205 mil pessoas em território nacional —mais do que em todo o ano passado (194.975). 

Neste fim de abril, a média de mortes está em queda, após vários estados terem adotado medidas mais duras de restrição em meio à segunda onda da Covid-19.

Dados do Ministério da Saúde apurados pelo portal “G1” mostram que, ao longo da pandemia, aumentaram, principalmente, as mortes entre jovens, mas os mais velhos continuam sendo vítimas em maior número.

São Paulo

Em 11 de março, o governador João Doria (PSDB) anunciou um aumento de restrições sem precedente em São Paulo, para conter o avanço do coronavírus no Estado, batizado como fase emergencial. Entre 15 de março e 12 de abril passaram a ser proibidos cultos religiosos coletivos, atividades esportivas coletivas (como o Campeonato Paulista) e outros setores da economia, como lojas de material de construção.

“Não é fácil tomar essa decisão, é uma decisão impopular, difícil, dura. Nenhum governante gosta de parar atividades econômicas de seu estado, eu, principalmente. Entendo o sofrimento de todos. É difícil não poder sair para trabalhar”, disse o governador.

Naquele momento, seis cidades da Grande São Paulo estavamcom 100% dos leitos de UTI com pacientes de Covid-19: Embu das Artes, Arujá, Mairiporã, Poá, Santa Isabel e Francisco Morato.

Em 16 de abril, Doria anunciou a fase de transição, com maior flexibilidade às atividades econômicas e sociais.

Em 23 de abril, o governo paulista informou que o número de mortes pela Covid-19 no Estado havia caído 23,6% em relação à semana anterior. Foi a primeira vez que a taxa foi reduzida em oito semanas, simultaneamente a outros dois índices: o total de novos casos, que diminuiu 14,3% no período, e o de internados, 6% menor.

Já nesta quarta-feira (28), com índices melhores da pandemia, o governador anunciou em entrevista coletiva que o Estado terá uma nova etapa da fase transição do Plano São Paulo do próximo sábado (1º) até o dia 9 de maio. A principal novidade é a ampliação do funcionamento do comércio, do setor de serviços e de atividades religiosas das 6h às 20h. Neste momento, a permissão é para que esses setores funcionem das 11h às 19h.

O limite de ocupação dos estabelecimentos, de 25%, continua o mesmo, assim como a vigência do toque de recolher entre 20h e 5h, com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas à noite.

Neste momento, São Paulo está vacinando idosos de 63 anos de idade. A expectativa é a de imunizar 420 mil pessoas desta faixa etária. O próximo grupo a ser imunizado será o de pessoas de 60 a 62 anos, a partir de 6 de maio.

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