Bitucas de cigarro lideram lixo abandonado em praias da Baixada Santista

As bitucas de cigarro são as campeãs de poluição nas praias da Baixada Santista, incluindo Santos, São Vicente e Guarujá. Segundo pesquisa, esses resíduos representam até 40% do lixo abandonado e esquecido nas areias locais, o que altera drasticamente o ecossistema da região litorânea.

Os estudos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelam que uma única bituca pode contaminar cerca de 67 litros de água do mar, liberando substâncias tóxicas como arsênio, zinco e amônia, prejudicando ecossistemas marinhos e fauna local.

Para evitar mais danos, iniciativas como a instalação de bituqueiras em pontos estratégicos da orla têm sido implementadas. Em Santos, por exemplo, 25 desses dispositivos foram colocados ao longo da cidade, resultando na coleta de 19.125 bitucas nos primeiros três meses de 2025. 

Além disso, o Instituto Lixo Zero Baixada Santista, em parceria com a Prefeitura de Santos, desenvolveu um projeto de reciclagem de bitucas que utiliza água da chuva e reaproveita 90% dos resíduos tratados. Assim, o projeto transformou 2.925 bitucas em celulose, equivalente a 1.170 kg de resíduos, evitando a contaminação de cerca de 1.463 litros de água apenas em dezembro de 2024.

Outros resíduos que aparecem com frequência nas praias da Baixada Santista são sacolas plásticas, garrafas PET, copos descartáveis, tampinhas, canudos e embalagens de alimentos.

Redes de pesca abandonadas, frascos de produtos de higiene e resíduos têxteis também aparecem em menor quantidade, mas contribuem significativamente para a poluição e representam riscos à fauna marinha e à segurança dos banhistas.

Essas ações ambientais e coletivas são fundamentais para reduzir a poluição nas praias da Baixada Santista e proteger o meio ambiente local. Lembre-se de não jogar lixo na areia.