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Cotidiano

Bienal da UNE termina com festa para crianças

No último dia da 8ª Bienal de Arte e Cultura da UNE, os debates dão espaço ao frevo e os adultos cedem lugar às crianças.

Publicado em 26/01/2013 às 16:08

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No último dia da 8ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE) os debates dão espaço ao frevo e os adultos dão licença: agora é a vez das crianças. Confete pelo chão ou emaranhado nos cabelos, correria, palmas. É a primeira edição da Bienalzinha, criada para levar um pouco dos ritmos regionais, de tudo que os estudantes viram durante os quatro dias anteriores para os pequenos.

Quem anima a festa é o grupo olindense Cordelândia, criado a seis meses para unir música e literatura de cordel, poesia infantil e ritmos regionais. São músicas conhecidas pela criançada como O Sapo Não Lava o Pé com levadas de frevo, além de músicas autorais. “O grupo surgiu para que as crianças desde pequenas tenham acesso a essa parcela da cultura, para que desde que criança elas conheçam e brinquem com todos esses ritmos”, explica a produtora do Cordelândia, Viviane Oliveira.

E toda a brincadeira funciona. Quando perguntados por Suzana Moraes, a vocalista do grupo se gostavam de forró, todas pularam e levantaram os braços. O alvoroço foi maior ainda quando perguntadas se gostavam de estudar. “É uma iniciativa muito legal que tem que ser incorporada a todas as bienais. As crianças têm acesso a música de qualidade e vão gostando. A Isadora não pára de pular”, diz a integrante da UNE, Carina Bismarck.

Isadora tem 4 anos e é considerada a filha da Bienal. Foi no mesmo evento, em 2003, também em Recife que Carina conheceu Ernesto Valença. Alguns anos depois, veio Isadora. Eles fazem questão de que ela tenha acesso à cultura e ao movimento estudantil.

“É uma iniciativa muito legal que tem que ser incorporada a todas as bienais. As crianças têm acesso a música de qualidade e vão gostando. A Isadora não pára de pular”, diz a integrante da UNE, Carina Bismarck. (Foto: Divulgação)

Além dos “filhos da Bienal”, filhos de Olinda e Recife também aproveitaram a apresentação. Cláudia Lemos, mãe de Maria Eduarda, de 3 anos, veio a caráter, ela fantasiada de Mulher Maravilha e Maria, de Colombina. “Adoro carnaval porque integra adulto e criança com a cultura nordestina. Só ando com a minha filha a caráter para ela ir entrando no clima. Ela adora carnaval, samba, pandeiro e tem que ser assim, tem que conhecer a região dela”.

“Vemos mulheres e homens cada vez mais trazendo seus filhos para Bienal. Então para nós é uma forma de incluir essa mulher que está na universidade que quer trazer seu filho para que desde cedo formemos um público que conheça a cultura popular brasileira”, disse a diretora de Cultura da UNE, Maria das Neves. “A criançada que cresce ouvindo  Luiz Gonzaga, com certeza vai crescer com uma sensibilidade cultural muito mais forte e vai entender os elementos que nos formam como nação”.

A 8ª Bienal de Arte e Cultura da UNE é considerada o maior evento estudantil da América Latina. As atividades terminam nesse sábado (26) e incluem mostras de teatro, música e cinema, seminários de esportes, além de apresentações de trabalhos acadêmicos e de extensão. O tema desta edição é A Volta da Asa Branca, Uma Homenagem ao Sanfoneiro Luiz Gonzaga, cujo centenário foi comemorado em 2012. As atividades são gratuitas e abertas à comunidade. A programação completa pode ser consultada no site da bienal.

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