07 de Maio de 2024 • 23:43
Nesta terça-feira, 240 agências bancárias da Baixada Santista poderão permanecer fechadas em virtude da greve de 24 horas dos bancários. A adesão total ao movimento dos cerca de três mil trabalhadores é esperada pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. Hoje, às 19 horas, haverá assembléia na sede do Sindicato para decidir os últimos ajustes para o movimento de amanhã. Apenas o auto-atendimento nos caixas eletrônicos ficará disponível aos clientes dos bancos.
Segundo o presidente do sindicato, Ricardo Luiz Lima Saraiva, o Big, a paralisação tem por objetivo pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que representa os banqueiros, a reverem a proposta apresentada de 7,5%, na quarta-feira passada.
“A proposta de 7,5% oferecida pelos banqueiros é ridicularizar a categoria, exigimos melhores condições de trabalho, piso salarial de R$ 2.074 (salário mínimo do Dieese), fim das metas, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 3.500, vale-refeição de R$ 17,50 e cesta-alimentação de R$ 415 e um índice de, no mínimo, 13,23%.
Os bancos, ao longo dos anos, vêm obtendo lucros bilionários. Vamos intensificar as mobilizações e construir a greve dia 30”, afirmou Ricardo Saraiva. De acordo com Saraiva, atualmente os pisos salariais da categoria são de R$ 1.060 (escriturário) e R$ 840 (portaria).
O sindicalista explicou que os salários estão defasados desde 1994 e que as perdas são de 18%. “Estamos reivindicando 13,23% de reajuste para recompor parte das perdas salariais”, justificou Saraiva para a não aceitação da proposta da Fenaban, uma vez que o índice reivindicado está abaixo dos 18%.
Além disso, Saraiva explicou também que o índice de 7,5% repõe a inflação somente do último ano para cá. O sindicalista afirmou que a greve por tempo indeterminado não está descartada e será discutida amanhã, no final do movimento.
Fenaban
A Fenaban informou, em nota, que “a proposta de reajuste de salários e benefícios é superior à inflação, visando preservar a política de valorização dos salários adotada nos últimos anos e de participação nos lucros e resultados.
No prosseguimento das negociações com os sindicatos bancários, a Fenaban entregou às lideranças sindicais a proposta de acordo para a convenção coletiva 2008-2009 contemplando reajuste de 7,5%.
A proposta contém, também, participação nos resultados incidindo sobre os lucros do exercício de 2008 e uma parcela adicional incidente sobre o crescimento do lucro de 2007 para 2008. A Fenaban aguarda, agora, a resposta dos sindicatos para prosseguir os entendimentos sobre a convenção coletiva de 2008-2009”.
Protestos
O sindicato da categoria realizou protestos com faixas e carro de som e atrasaram a abertura do atendimento ao público de algumas agências bancárias em Santos e São Vicente, na semana passada, desde a apresentação da proposta da Fenaban.
Diário Mais
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