Cotidiano

Banco Central cria 'rastreamento em cascata' para devolver dinheiro no pix

Regra inédita obriga bancos a perseguir valores roubados em várias contas; saiba como o novo sistema aumenta chance de reembolso

Giovanna Camiotto

Publicado em 20/12/2025 às 22:30

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Para torná-lo mais seguro, o mecanismo de transferências Pix sofreu algumas alterações / Divulgação

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O Banco Central anunciou uma atualização profunda nas regras do Pix para aumentar a segurança e combater a impunidade em casos de golpes. A partir de 2 de fevereiro de 2026, entra em vigor o aprimoramento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta criada para que vítimas de fraudes tentem reaver seus valores. A grande novidade é a implementação do rastreamento em cascata, uma medida que promete mudar o jogo contra os criminosos.

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Atualmente, o sistema de devolução falha em mais de 90% dos casos porque os bancos só conseguem rastrear a primeira conta que recebeu o dinheiro. Como os golpistas pulverizam o valor rapidamente para diversas outras contas, o rastreio era interrompido.

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Com a nova regra, os bancos serão obrigados a ampliar essa busca automaticamente. Se o dinheiro sair da conta do golpista para uma segunda ou terceira conta, o sistema continuará rastreando e bloqueando os valores onde quer que eles estejam, aumentando drasticamente as chances de recuperação.

Transparência e extratos detalhados

Além do rastreio inteligente, o Banco Central determinou um padrão de clareza nas comunicações. Hoje, muitos usuários ficam confusos com termos genéricos como "transação devolvida por segurança". A partir de fevereiro, os bancos devem detalhar obrigatoriamente no extrato o pagamento original, a data, o valor exato e o motivo real da devolução.

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É importante reforçar que as transferências via Pix continuam totalmente gratuitas para pessoas físicas. As taxas permanecem exclusivas para contas de pessoas jurídicas. Essas mudanças visam blindar o meio de pagamento mais usado no país e dar uma resposta eficaz à agilidade das quadrilhas digitais, que agora terão muito mais dificuldade para "lavar" o dinheiro obtido ilegalmente.

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