Cotidiano

Banca de peixes é considerada patrimônio histórico do Gonzaga

Ponto existe desde 1918, na Rua Pernambuco, esquina com a Floriano Peixoto

Vanessa Pimentel

Publicado em 19/10/2020 às 09:00

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Fernando Yokota/Divulgação Obake
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Gaetano Pescados/Divulgação
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Fernando Yokota/Divulgação Obake
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Fernando Yokota/Divulgação Obake

Dedicação fez a cartela de clientes do Gaetano chegar a 2 mil, entre Gonzaga e Pompéia, e transformou a banca em uma espécie de patrimônio histórico da região. / Fernando Yokota/Divulgação

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O encontro da Rua Pernambuco com a Avenida Mal. Floriano Peixoto, no Gonzaga, em Santos, traz o mar para perto das pessoas desde 1918. A esquina é famosa por atrair há tanto tempo os peixeiros de rua. A forma de comercializar os produtos foi evoluindo com o passar dos anos. Antes os frutos do mar eram vendidos em bicicletas com isopor, depois triciclo com baú frio, Kombi, até chegar a família do Gaetano Pescados, em 1988, e modernizar o negócio.

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Hoje quem passa por ali vê uma barraca com peixes fresquíssimos e variados, um caminhão equipado com tudo o que é necessário para manter a qualidade dos alimentos e um mutirão de limpeza quando chega a hora de ir embora. Tanta dedicação fez a cartela de clientes do Gaetano chegar a 2 mil, entre Gonzaga e Pompéia, e transformou a banca em uma espécie de patrimônio histórico da região.

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“Assim como esse ponto existe há mais de 100 anos e foi passando de geração em geração, os compradores também se comportaram da mesma maneira. Tínhamos clientes idosos que vinham comprar peixes com seus filhos e hoje já não estão mais aqui, mas os filhos continuam comprando com a gente. Virou tradição”, conta Cristófalo Furno, 39 anos, há 8 administrando o ponto ao lado do irmão, Gaetano Furno (49).

Ele conta que o pai foi o precursor em trazer pescados do Sul para a Baixada Santista. Ensinou o ofício para os filhos e há 32 anos o irmão, Gaetano, assumiu o ponto no Gonzaga. Como crescimento da atividade, Cristófalo foi chamado para trabalhar lá também.

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“O Gaetano começou aqui quando tinha 18 anos. O fornecimento de pescado expandiu para o interior e hoje ele se divide entre Santos e Araras, onde tem uma loja física de peixes”, explica.

O sucesso também se dá pela simpatia dos sete funcionários que trabalham na banca e conquistaram a amizade dos clientes, que são chamados pelo nome e fazem parte de um grupo no WhatsApp onde são compartilhadas receitas e as ofertas do dia. “Pra fazer uma coisa bem feita é preciso focar e meu foco são os clientes da região”, declara Cristófalo.

Para ele, é importante ver a cidade se modernizar ao mesmo tempo em que mantém a história, como o tradicional ponto dos peixes do Gonzaga.

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O horário de atendimento é de terça a sábado, das 8h às 14h30 e domingo das 8h às 13h30. Segunda-feira é dia de folga.

TERMINAL PESQUEIRO

De acordo com Cristófalo, mesmo a Baixada Santista sendo cercada por mar, 80% do pescado que abastece a região vêm de fora. Isso porque a desativação do Terminal Pesqueiro Público de Santos (TPPS) desestimulou os pescadores da cidade.

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“Temos um problema no fornecimento de peixe local porque não há mais onde descarregar. Os barcos acabam vindo do Sul, Itajaí, Ilha Comprida e até do Nordeste e descarregam em terminais privados no Guarujá, o que encarece a operação”.

Neste ano, o Governo Federal afirmou que pretende privatizar o TPPS. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento será responsável pela realização das licitações.

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